Esses objetivos foram discutidos na 78ª Assembleia Geral da ONU, que teve início no dia 19 de setembro em Nova York. O Brasil, como potência em desenvolvimento, está ciente de suas responsabilidades para construir um planeta com melhores condições de vida. Os ODS abarcam essas necessidades e apontam caminhos, porém é necessário um verdadeiro pacto mundial e decisões políticas para que os resultados sejam satisfatórios.
Dentre os objetivos, o saneamento e o acesso à água potável desempenham papéis transversais. Os investimentos nesse setor estão diretamente relacionados à saúde, ao crescimento econômico e à ação contra as mudanças climáticas. Investir em saneamento é garantir mais qualidade de vida para a população, reduzir os custos do estado com programas de combate a doenças, colaborar com o uso racional da água e preservar a vitalidade dos mananciais, além de tornar as pessoas mais produtivas. Ampliar o acesso ao saneamento é garantir condições de habitabilidade e criar um ambiente favorável ao desenvolvimento.
No entanto, o caminho é tortuoso. Os 17 ODS devem ser alcançados até 2030, o que representa estarmos na metade do caminho atualmente. O déficit histórico em ações voltadas à gestão das águas coloca os governos de todos os continentes contra o relógio, principalmente os países em desenvolvimento. O desafio é levar água potável para todos, garantir saneamento e higiene de forma equitativa, reduzir a poluição e restaurar ecossistemas. Para isso, governo, terceiro setor e sociedade devem assumir responsabilidades e agir de forma efetiva.
Ao agir com foco no desenvolvimento sustentável nas ações de saneamento, podemos vislumbrar um futuro melhor, mais saudável e habitável. O desafio só aumenta à medida que nos aproximamos da data-limite, exigindo medidas inovadoras para compensar o tempo perdido. Não há mais espaço para adiamento, é preciso agir agora.