Aumento do saneamento é essencial para a agenda global de desenvolvimento.

A Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu em 2015 uma série de objetivos globais que devem ser alcançados até 2030. Esses 17 objetivos do desenvolvimento sustentável visam promover uma sociedade mais justa, saudável e igualitária, por meio de ações, atitudes e programas em áreas estratégicas. O combate à fome, a erradicação da pobreza, o incentivo ao consumo consciente e o estímulo ao uso de fontes de energia limpa são alguns dos temas urgentes abordados pelos ODS, que também propõem a igualdade de gênero, educação de qualidade, saúde e bem-estar, paz, justiça e o fortalecimento de instituições eficazes.

Esses objetivos foram discutidos na 78ª Assembleia Geral da ONU, que teve início no dia 19 de setembro em Nova York. O Brasil, como potência em desenvolvimento, está ciente de suas responsabilidades para construir um planeta com melhores condições de vida. Os ODS abarcam essas necessidades e apontam caminhos, porém é necessário um verdadeiro pacto mundial e decisões políticas para que os resultados sejam satisfatórios.

Dentre os objetivos, o saneamento e o acesso à água potável desempenham papéis transversais. Os investimentos nesse setor estão diretamente relacionados à saúde, ao crescimento econômico e à ação contra as mudanças climáticas. Investir em saneamento é garantir mais qualidade de vida para a população, reduzir os custos do estado com programas de combate a doenças, colaborar com o uso racional da água e preservar a vitalidade dos mananciais, além de tornar as pessoas mais produtivas. Ampliar o acesso ao saneamento é garantir condições de habitabilidade e criar um ambiente favorável ao desenvolvimento.

No entanto, o caminho é tortuoso. Os 17 ODS devem ser alcançados até 2030, o que representa estarmos na metade do caminho atualmente. O déficit histórico em ações voltadas à gestão das águas coloca os governos de todos os continentes contra o relógio, principalmente os países em desenvolvimento. O desafio é levar água potável para todos, garantir saneamento e higiene de forma equitativa, reduzir a poluição e restaurar ecossistemas. Para isso, governo, terceiro setor e sociedade devem assumir responsabilidades e agir de forma efetiva.

Ao agir com foco no desenvolvimento sustentável nas ações de saneamento, podemos vislumbrar um futuro melhor, mais saudável e habitável. O desafio só aumenta à medida que nos aproximamos da data-limite, exigindo medidas inovadoras para compensar o tempo perdido. Não há mais espaço para adiamento, é preciso agir agora.

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