O caso em questão ocorreu em abril deste ano, durante uma reunião da Comissão de Segurança Pública da Câmara. Jerry se aproximou por trás da deputada Julia Zanatta, do PL-SC, e disse ao seu ouvido a frase “pelo menos 40 anos de mandato”, referindo-se à deputada Lídice da Mata, do PSB-BA, que estava sendo discutida naquele momento.
A representação contra Jerry foi apresentada pelo Partido Liberal dois dias depois, acompanhada de uma declaração da deputada Julia Zanatta, na qual ela afirmava que nunca havia dado liberdade ao deputado maranhense e nem o conhecia. A denúncia foi embasada por uma imagem e um vídeo do ocorrido.
No entanto, o relator do processo, deputado Ricardo Maia, do MDB-BA, votou pela absolvição de Marcio Jerry. Durante o pronunciamento, Maia deixou uma mensagem ao deputado, sugerindo que ceder ou pedir desculpas não é falta de hombridade, mas sim um reconhecimento de erro, evitando maiores conflitos políticos e a necessidade de intervenção do Conselho de Ética.
Julia Zanatta afirmou que o episódio poderia não ter chegado ao processo no Conselho de Ética, mas ela foi chamada de criminosa e produtora de fake news, inclusive por Marcio Jerry, por denunciar o que considerou uma importunação. Ela questionou se seu mandato poderia ser desrespeitado da mesma maneira que ocorreu com Lídice.
Durante a reunião do Conselho, Marcio Jerry pediu desculpas à deputada Julia Zanatta, afirmando que nada do que houve em seu comportamento caracteriza importunação sexual ou violência política de gênero. Ele reiterou sua convicção de não ter tido a intenção de ofender a deputada, mas sim de defender Lídice da Mata.
O parecer de absolvição, elaborado por Ricardo Maia, foi aprovado por 10 votos a 5.
Além disso, outros nove processos por quebra de decoro que estavam na pauta da reunião foram retirados devido à ausência dos relatores.
É importante ressaltar que este texto foi escrito como um exercício de redação jornalística e não foi citada nenhuma fonte específica.
