Para relembrar, a 123milhas suspendeu a venda de passagens e pacotes da linha promocional em 18 de agosto, prometendo compensar os clientes com vouchers. No entanto, a reação negativa dos consumidores e das autoridades públicas, juntamente com movimentos de antecipação de créditos por parte de bancos e financiadores, levou a empresa a solicitar recuperação judicial.
A recuperação judicial permite que a empresa suspenda temporariamente os processos movidos por clientes. O processo foi provisoriamente suspenso em meados de setembro pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais para verificar as condições reais de funcionamento e reerguimento da empresa, conforme informado por Aureo Ribeiro.
O relator da CPI, deputado Ricardo Silva (PSD-SP), afirmou que “a 123milhas é um crime ambulante”. Segundo ele, as quebras de sigilo demonstraram que a empresa é fraudulenta desde o início de suas atividades e que há irregularidades em todos os tipos de venda, não apenas nos planos promocionais.
A CPI das Pirâmides Financeiras foi instalada em junho com o objetivo de investigar esquemas de pirâmides financeiras envolvendo moedas digitais. Os deputados consideram que a atuação da 123milhas se assemelha a casos de pirâmides financeiras.
O prazo para o encerramento dos trabalhos da comissão está previsto para o dia 11 de outubro.
Essa é mais uma etapa das investigações para esclarecer as irregularidades envolvendo a empresa 123milhas e verificar se houve prejuízo aos consumidores. A população aguarda ansiosamente por respostas e medidas efetivas para garantir a proteção dos direitos dos passageiros.
É importante que casos como esse sejam devidamente apurados e que as autoridades tomem as medidas necessárias para coibir práticas fraudulentas no mercado de turismo. A confiança dos consumidores precisa ser restabelecida, para que possam realizar suas viagens com tranquilidade e segurança.