De acordo com Ramos, a frota de veículos elétricos no Brasil deve chegar a 11 milhões de unidades até 2040. Para ilustrar o impacto desse crescimento na produção de lítio, o deputado ressalta que enquanto é necessário de 2 a 3 gramas do mineral para produzir uma bateria de smartphone, uma bateria de veículo elétrico médio consome de 12 a 15 quilos do produto.
Dessa forma, a demanda por lítio deve se multiplicar por 40 nos próximos 20 anos, o que eleva o mineral à mesma categoria de importância do petróleo e gás para a segurança energética mundial. Atualmente, a Argentina, Bolívia e Chile, conhecidos como o “triângulo do lítio”, possuem 60% das reservas do mineral no mundo.
O Brasil, por sua vez, é considerado atraente para investimentos no setor devido à sua proximidade com esses países, além do tamanho de sua economia e mercado potencial. Com isso, o deputado Lucas Ramos ressalta a necessidade de debater sugestões para um plano estratégico de fortalecimento e inovação da indústria automobilística e da indústria nacional de suprimentos, a fim de promover a transição energética, eficiência energética e a descarbonização da matriz de transportes no país.
A realização dessa audiência pública é fundamental para discutir e avaliar o potencial do Brasil no mercado de lítio, considerando as projeções de aumento da demanda e a importância desse mineral para a transição para veículos elétricos e a consequente redução das emissões de gases de efeito estufa. É necessário fortalecer a indústria nacional e atrair investimentos para garantir que o Brasil possa aproveitar as oportunidades desse mercado em crescimento, destacando-se como um país estratégico na cadeia de produção de lítio.
Portanto, o debate que ocorrerá na próxima terça-feira é uma oportunidade para especialistas, representantes da indústria e autoridades discutirem soluções para o desenvolvimento dessa indústria no Brasil, garantindo o aproveitamento de suas reservas minerais, a geração de empregos e o impulso para o setor automobilístico e energético do país.
