Conflito entre Israel e Hamas: Acúmulo de forças mobiliza poderosos aliados e envolvimento dos Estados Unidos e Irã.

O conflito entre Israel e o Hamas se intensifica a cada dia, com as forças de ambas as partes se mobilizando para o confronto. De um lado, está Israel, um Estado com poderosas capacidades militares apoiadas pelos Estados Unidos. Por outro lado, temos o Hamas, um grupo armado treinado com o apoio do Irã, um fiel aliado. Essa situação cria um cenário de grande tensão na região do Oriente Médio.

As forças israelenses são formidáveis. De acordo com o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), o Exército israelense conta com 169.500 efetivos, além de 400.000 reservistas. Nos últimos dias, cerca de 360.000 foram mobilizados. Além disso, Israel possui uma indústria armamentista avançada, com destaque para o sistema de defesa antimísseis conhecido como “Domo de Ferro”. O país possui diversos tanques, blindados, drones, submarinos e caças, além de possíveis ogivas nucleares. Israel também recebe uma constante ajuda militar dos Estados Unidos, que já ultrapassa os 125 bilhões de dólares desde 1948.

Já o Hamas, grupo islâmico palestino, acumulou ao longo dos anos um arsenal variado, proveniente do Irã, Síria, Líbia e outros países do Oriente Médio. Suas armas de fogo vêm da China, países do Leste Europeu e estoques israelenses apreendidos durante os combates. A maioria dos foguetes utilizados pelo Hamas é fabricada localmente e são modelos rústicos. O grupo também conta com drones, minas, artefatos explosivos improvisados e mísseis teleguiados.

As brigadas Ezzeldin al Qassam do Hamas contam com cerca de 15.000 a 20.000 combatentes, de acordo com o IISS. Já o Instituto Nacional de Estudos de Segurança (INSS) estima o número em 15.000, mas a mídia árabe fala em 40.000. O Hezbollah, outro grupo pró-iraniano, também se envolve nos confrontos, principalmente na fronteira com o Líbano. Segundo o INSS, o grupo possui cerca de 100.000 combatentes, enquanto o Soufan Center estima metade desse número. O Hezbollah também possui um grande arsenal, incluindo foguetes de todos os tipos, com destaque para os mísseis de precisão.

O envolvimento dos Estados Unidos nesse conflito é evidente. Washington enviou munições e estacionou porta-aviões no Mediterrâneo Oriental. Os americanos veem essa escalada como uma mensagem não só para o Hamas, mas também para o Irã e o Hezbollah. Os Estados Unidos pretendem manter forças estacionadas na região para garantir a segurança de Israel.

O Irã, por sua vez, também se pronunciou sobre o conflito. O chanceler iraniano, Hossein Amir Abdollahian, alertou para uma possível ampliação do confronto, afirmando que “se os ataques de Israel contra a população de Gaza continuarem, ninguém poderá controlar a situação”. Por enquanto, o Irã parece não querer que o Hezbollah se envolva diretamente na guerra, mas uma invasão e um suposto sucesso militar de Israel poderiam fazer o país tomar uma decisão sobre abrir uma nova frente ativa por meio do Hezbollah.

Com todo esse acúmulo de forças, o conflito entre Israel e o Hamas se torna cada vez mais imprevisível. As tensões na região do Oriente Médio atingem um ponto crítico, enquanto as potências mundiais observam com cautela e buscam formas de garantir a estabilidade na região.

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