O relatório final da senadora Eliziane Gama pede o indiciamento de 61 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro e ex-ministros de seu governo. Entre os crimes pelos quais essas pessoas serão indiciadas estão associação criminosa, violência política, abolição do estado democrático de direito e golpe de Estado. Além de Jair Bolsonaro, os ex-ministros Walter Braga Neto, Augusto Heleno e Anderson Torres também são citados.
A lista de pedidos de indiciamento também inclui integrantes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), da Polícia Militar do Distrito Federal e empresários que teriam financiado manifestantes contrários ao resultado das eleições de 2022. A deputada Carla Zambelli (PL-SP) também consta na lista. Durante a última reunião da CPMI, a parlamentar ressaltou que foi indiciada sem provas e sem direito à defesa.
Com a aprovação do relatório final, o próximo passo é encaminhá-lo para análise do Ministério Público, que decidirá se abrirá ou não processos contra os envolvidos. O relatório apresentado pela senadora Eliziane Gama é resultado de meses de investigação, com depoimentos de diversas testemunhas e análise de evidências.
A CPMI foi criada com o objetivo de apurar os ataques às sedes dos três Poderes ocorridos em 8 de janeiro deste ano. Durante as investigações, várias informações foram levantadas, e o relatório final traz uma lista de pessoas que supostamente têm envolvimento nos crimes cometidos.
A expectativa agora é que o Ministério Público dê continuidade às investigações e tome as medidas cabíveis de acordo com as conclusões do relatório da CPMI. O indiciamento dos 61 envolvidos representa um avanço nas investigações e sinaliza que o caso está caminhando para uma possível responsabilização dos culpados.
A sociedade espera uma resposta justa sobre os acontecimentos ocorridos em janeiro deste ano e confia que o relatório da CPMI seja um passo importante para a elucidação dos fatos e a punição dos responsáveis pelos ataques aos três Poderes. Resta agora acompanhar os desdobramentos do caso e aguardar pelas medidas que serão tomadas pelo Ministério Público.
