Prazo para envio de propostas ao Ministério das Cidades para inclusão no PAC se encerra em 10 de novembro, mas número de propostas está abaixo do esperado, alerta ministro

No último dia 25 de Outubro, o Ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, alertou sobre o prazo para que as prefeituras enviem propostas para o Ministério a fim de serem incluídas na primeira etapa do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O prazo final será no dia 10 de novembro e as propostas recebidas serão analisadas para determinar qual obras serão realizadas em 2024 e 2025. Vale ressaltar que a próxima seleção do PAC só ocorrerá em 2025.

Durante uma audiência pública conjunta das comissões de Viação e Transportes e Desenvolvimento Urbano da Câmara, o Ministro Jader Barbalho Filho informou que o número de propostas recebidas está abaixo do esperado. “Até ontem, eu recebi a informação de que só havia na plataforma do Ministério das Cidades 227 propostas para todo o Brasil”, declarou o Ministro.

O Programa de Aceleração do Crescimento prevê um investimento total de R$ 609,7 bilhões até 2026. Nesta primeira etapa, serão destinados R$ 65,4 bilhões, divididos entre os seguintes subeixos: Minha Casa, Minha Vida; Financiamento Habitacional; Periferia Viva (urbanização de favelas); Mobilidade Urbana Sustentável; Gestão de Resíduos Sólidos; Prevenção a Desastres, Contenção de Encostas e Drenagem; e Esgotamento Sanitário.

Durante a audiência, o deputado Joseildo Ramos (PT-BA) ressaltou a importância da universalização dos serviços públicos de saneamento, destacando que apenas a iniciativa privada não será suficiente para alcançar esse objetivo. Em resposta, o Ministro Jader Barbalho Filho mencionou que, este ano, já foram liberados R$ 1,5 bilhão de debêntures para a companhia de saneamento baiana Embasa para investimentos em água e esgoto em 22 municípios.

O deputado Bebeto (PP-RJ) aproveitou a ocasião para mencionar as tragédias provocadas pelas chuvas no estado do Rio de Janeiro e citou o exemplo de São João de Meriti, que possui 58 morros e 10 áreas mapeadas como de risco. O Ministro destacou que há uma previsão orçamentária de R$ 1,36 bilhão destinada à prevenção de calamidades públicas, além de R$ 200 milhões em financiamento para os próximos dois anos.

Em relação ao programa Minha Casa, Minha Vida, o Ministrou afirmou que no início do governo havia cerca de 180 mil unidades habitacionais não concluídas. No entanto, após a retomada de obras, esse número foi reduzido para 164 mil unidades. A meta estabelecida para os quatro anos do governo do presidente Lula é de 2 milhões de unidades habitacionais, representando um investimento de R$ 345 bilhões.

Com a integração do Minha Casa, Minha Vida com as prefeituras, o Ministro acredita que o déficit habitacional pode cair 10% já neste ano. Até a última sexta-feira, já haviam sido contratadas 350 mil unidades habitacionais com recursos do FGTS, superando as 380 mil unidades contratadas no ano passado. A meta para este ano era de 430 mil unidades, mas espera-se alcançar a marca de pelo menos 450 mil unidades em 2023.

Em suma, o prazo para envio de propostas para o Ministério das Cidades se encerra em 10 de novembro, e o número de propostas recebidas até o momento está abaixo do esperado. O Programa de Aceleração do Crescimento prevê investimentos de R$ 609,7 bilhões até 2026, com destaque para o subeixo de Cidades Sustentáveis e Resilientes. Além disso, o Ministro Jader Barbalho Filho abordou a importância do saneamento básico e as medidas de prevenção a calamidades públicas. Por fim, o Ministro destacou o progresso do programa Minha Casa, Minha Vida e a meta de construir 2 milhões de unidades habitacionais.

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