Projeto de lei propõe cobrança de ISS das empresas que exploram ferrovias pedagiadas

Na última quarta-feira (25/10), foi apresentado na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei Complementar 84/23, que tem como objetivo instituir a cobrança de Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) para as empresas que exploram ferrovias sob regime de concessão ou permissão. Atualmente, a lei prevê a tributação apenas das rodovias pedagiadas.

De acordo com o projeto, a base de cálculo para o ISS será a receita bruta obtida pela concessionária com a cobrança do pedágio. O autor da proposta, o deputado licenciado Beto Preto (PR), destaca a importância de compensar os municípios impactados pelo transporte ferroviário através desse tributo municipal. Segundo ele, além das extensas áreas destinadas às composições ferroviárias, há também transtornos diversos, como poluição sonora e alteração no trânsito rodoviário.

Para Beto Preto, é fundamental estabelecer parâmetros de ressarcimento aos municípios afetados pela atividade ferroviária. Com a cobrança do ISS, as cidades poderão receber uma compensação financeira pelos impactos negativos causados pelo transporte ferroviário. O deputado defende que isso é uma forma de promover uma distribuição mais justa dos recursos gerados por essa atividade.

A proposta de alteração na lei do ISS ainda está em tramitação e será analisada inicialmente nas comissões de Viação e Transportes; Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados. Após a análise nas comissões, o projeto seguirá para o Plenário da Câmara.

Caso seja aprovado, o projeto contribuirá para uma maior arrecadação dos municípios, que poderão utilizar os recursos para investir em melhorias nas infraestruturas afetadas pelo transporte ferroviário. Além disso, a iniciativa também beneficiará a população, que poderá contar com uma melhor qualidade de vida, com redução dos transtornos causados pelo tráfego e poluição sonora.

Acompanharemos o andamento desse projeto e traremos informações atualizadas sobre sua tramitação na Câmara dos Deputados.

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