Petroleiros iniciam série de atos e paralisações para pressionar Petrobras a atender demandas trabalhistas e estruturais

Os petroleiros iniciaram às 0h desta sexta-feira (27) uma série de atos e possíveis paralisações em unidades da Petrobras. O objetivo é pressionar a estatal a atender as reivindicações do Acordo Coletivo de Trabalho e resolver questões estruturais, como a recomposição do efetivo e a retirada de subsidiárias do Programa de Privatização.

Ao longo do dia de hoje, as manifestações aconteceram em refinarias e usinas termelétricas em todo o país. A partir da próxima semana, as mobilizações serão feitas nas subsidiárias Transpetro, Petrobras Bio Combustíveis e TBG, a transportadora brasileira do gasoduto Brasil Bolívia. Nas próximas terça e quarta-feira, os atos serão realizados nas unidades administrativas e nas áreas de produção e exploração, nas plataformas, respectivamente.

A decisão do movimento foi tomada em assembleias dos sindicatos realizadas ontem (26). Nas assembleias, foi rejeitada, pela segunda vez e por unanimidade, a contraproposta de Acordo Coletivo de Trabalho apresentada pela Petrobras. Entre as reivindicações que a estatal se recusa a negociar estão o plano de saúde, a reposição de 3,8% das perdas salariais passadas e de 3% de ganho real, além da equiparação das tabelas salariais das subsidiárias.

Antony Devalle, diretor do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ), ressaltou que os atos fazem parte da luta por um acordo que atenda aos anseios dos trabalhadores. Ele argumentou que a Petrobras vem obtendo lucros recordes e distribuindo quantias fabulosas aos acionistas, enquanto os trabalhadores não têm sido recompensados devidamente. Devalle destacou que grande parte das demandas dos petroleiros são direitos importantes e que não geram grandes gastos para a empresa.

É importante ressaltar que os trabalhadores da Petrobras já estão em estado de greve, também aprovado nas assembleias. No entanto, Devalle acredita que as negociações com a Petrobras avançarão sem a necessidade de uma greve.

Em nota, a Petrobras informou que está em processo de negociação do Acordo Coletivo 2023/2025 com as entidades sindicais e que, até o momento, não foi oficialmente notificada sobre as paralisações. A empresa reafirmou estar aberta ao diálogo e empenhada em negociar o acordo coletivo, garantindo a segurança das pessoas, das instalações e a continuidade operacional.

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