Câmara dos Deputados aprova projeto que obriga oferta de profissional de apoio escolar a estudantes da educação especial

Na última terça-feira (31), foi aprovado pela Câmara dos Deputados um projeto de lei que torna obrigatória a oferta do profissional de apoio escolar para estudantes da educação especial. O texto, de autoria dos deputados Amália Barros (PL-MT) e Jadyel Alencar (PV-PI), foi aprovado na forma de um substitutivo, elaborado pelo relator Gustavo Gayer (PL-GO), e agora será encaminhado ao Senado.

O profissional de apoio escolar é responsável por auxiliar os estudantes com deficiência em diversas atividades, como alimentação, higiene e locomoção, e deve atuar em todas as modalidades e níveis de ensino, tanto em instituições públicas quanto privadas. É importante ressaltar que esses profissionais não interferem em técnicas ou procedimentos médicos, por exemplo.

A presença desse profissional já está prevista tanto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) quanto no Estatuto da Pessoa com Deficiência. No entanto, a proposta aprovada pelos deputados estabelece que a indicação desse profissional deve constar no plano de atendimento educacional especializado do estudante, que será atualizado periodicamente de acordo com as necessidades e progressos do aluno.

Além disso, o projeto de lei também prevê a formação adequada desses profissionais, com cursos ou treinamentos que abordem temas como educação inclusiva e apoio escolar específico para cada público-alvo. Eles também receberão instrução específica do professor de atendimento educacional especializado sobre os casos com os quais irão trabalhar.

Entre as atribuições do profissional de apoio escolar, estão facilitar a comunicação entre aluno, professores, pais e direção escolar; auxiliar em atividades de alimentação, higiene, locomoção e autorregulação; oferecer suporte na interação social em ambiente escolar; combater situações de discriminação; avaliar continuamente os alunos sob sua responsabilidade; estar preparado para atuar em situações de crise e prestar primeiros socorros quando necessário; atuar em todas as atividades escolares que necessitem de seu apoio; e manter sigilo sobre os fatos de que tenha conhecimento em virtude de sua atividade.

Com a aprovação desse projeto de lei, espera-se garantir uma educação inclusiva e de qualidade para estudantes com deficiência. Agora, cabe ao Senado analisar a proposta e dar continuidade ao processo legislativo.

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