A audiência, que será realizada no plenário 3 a partir das 10 horas, foi solicitada pela deputada Erika Kokay (PT-DF). Segundo ela, a falta de centros de terapia assistida inviabiliza o tratamento com medicamentos biológicos e biossimilares. Embora o fornecimento desses medicamentos seja garantido pelo Ministério da Saúde, o SUS não disponibiliza locais adequados para realizar as infusões endovenosas e subcutâneas.
“A infraestrutura para a infusão sempre aconteceu com o apoio dos programas de suporte aos pacientes financiados pela indústria farmacêutica produtora de inovação”, explica a deputada. No entanto, com a queda da patente dos medicamentos originadores, esses programas estão sendo descontinuados. Isso tem gerado intensas dificuldades para os pacientes realizarem as infusões.
A parlamentar ressalta que existem centros de terapia assistida particulares em todo o país, porém o custo da aplicação desses medicamentos tem sido alto. Segundo ela, cada aplicação pode chegar a custar entre R$ 150 e R$ 400. Considerando que alguns pacientes precisam realizar aplicações quinzenais e até semanais, isso acaba impactando diretamente o orçamento familiar.
Diante desse cenário, a criação de centros de terapia assistida no SUS se mostra essencial para garantir o acesso dos pacientes a essas medicações. A proposta ainda precisa ser discutida e avaliada pelos deputados, mas é fundamental que se encontrem soluções viáveis para esse problema o mais rápido possível.
A audiência poderá ser acompanhada pelo canal da Câmara dos Deputados no YouTube, a partir das 10 horas. O debate promete trazer importantes contribuições para a busca de alternativas que garantam o acesso a medicamentos imunobiológicos de forma segura e acessível para todos os pacientes que necessitam dessas terapias.
É evidente a importância de se investir em infraestrutura e criar espaços adequados para a aplicação dessas medicações no SUS. Espera-se que, com a discussão e atuação dos deputados, a criação de centros de terapia assistida no sistema público de saúde seja viabilizada, garantindo assim o direito fundamental à saúde de todos os cidadãos brasileiros.
