Presidente da Câmara, Arthur Lira, planeja reunião entre líderes partidários e equipe econômica para discutir propostas de tributação sobre incentivos fiscais.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou hoje que irá organizar uma reunião entre líderes partidários e a equipe econômica do governo para discutir as propostas do Poder Executivo sobre a tributação de incentivos fiscais. Lira fez esse anúncio durante sua participação em um evento realizado em São Paulo pelo banco BTG Pactual, onde foram discutidos os cenários para 2024.

Antes da fala de Lira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu a Medida Provisória 1185/23, que tem como objetivo aumentar as receitas da União. No entanto, Lira ressaltou que há resistências por parte de parlamentares e empresários das regiões Sul, Sudeste e Nordeste, e que ainda não há um acordo sobre o mérito da medida.

Diante disso, o presidente da Câmara propôs ao ministro Haddad que ele participe de uma reunião com o Colégio de Líderes, onde poderá explicar todas as propostas de forma transparente e aberta ao diálogo. Lira enfatizou a necessidade de construir um texto razoável, que atenda às demandas do governo sem prejudicar os direitos adquiridos pelos estados e empresários que realizaram investimentos.

A Medida Provisória 1185/23 busca alterar a tributação sobre as subvenções concedidas pelo poder público para atrair empresas ou estimular empreendimentos. Já o Projeto de Lei 5129/23, do Poder Executivo, trata das subvenções ao regulamentar uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que determinou a inclusão de créditos fiscais na base de cálculo de tributos federais.

Segundo o governo, essas medidas são essenciais para manter a arrecadação da União e garantir o cumprimento das metas fiscais. Estima-se que a MP 1185/23 possa gerar uma arrecadação de até R$ 137 bilhões em quatro anos, sendo R$ 35 bilhões já em 2024.

Além disso, durante o evento em São Paulo, Arthur Lira afirmou que não há possibilidade de mudanças nas metas fiscais para os próximos anos aprovadas pelo Congresso Nacional. Ele também criticou a ênfase dada pelo governo Lula às receitas quando se trata de temas fiscais, e defendeu a reforma administrativa como uma forma de ajuste pelo lado das despesas.

Lira ressaltou a importância de votar as propostas de leis orçamentárias para 2024 (LDO e LOA) até dezembro, destacando que isso é fundamental e que qualquer pessoa que se posicione contra essa medida estará trabalhando contra tudo o que foi feito até agora.

Em resumo, a discussão sobre as propostas do governo para a tributação sobre incentivos fiscais está em pauta, e o presidente da Câmara está empenhado em promover o diálogo entre os líderes partidários e a equipe econômica do governo. A busca por um texto razoável, que atenda aos interesses do governo sem prejudicar os estados e empresários, é o objetivo principal nesse debate.

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