Arábia Saudita e países muçulmanos pedem o fim imediato das operações militares em Gaza e convocam conferência de paz.

Líderes da Arábia Saudita e de outros países muçulmanos se reuniram em uma cúpula de nações islâmicas em Riad, neste sábado (11), e pediram o fim imediato das operações militares na Faixa de Gaza. Segundo eles, Israel seria o responsável pelos “crimes” cometidos contra os palestinos.

O príncipe Mohammed bin Salman, que é o líder de fato da Arábia Saudita, convocou o encontro com vários líderes árabes e muçulmanos, incluindo o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, o presidente turco, Tayyip Erdogan, e o presidente sírio, Bashar al-Assad. Em pauta, a tentativa de pressionar os Estados Unidos e Israel a encerrarem as hostilidades na região.

Durante a reunião, o príncipe Mohammed condenou veementemente a guerra contra os palestinos, classificando-a como “bárbara”. Ele ressaltou ainda o fracasso do Conselho de Segurança e da comunidade internacional em pôr um fim às flagrantes violações das leis internacionais por parte dos israelenses.

Mahmoud Abbas, presidente da Palestina, também se pronunciou, afirmando que seu povo está enfrentando uma “guerra genocida” e pedindo o fim das “agressões” por parte dos EUA e de Israel.

O encontro contou ainda com a presença do líder do Catar e do presidente sírio, Bashar al-Assad, que este ano foi readmitido na Liga Árabe. Eles saudaram a resistência palestina e pediram sanções de petróleo e outros bens contra Israel.

Israel intensificou seus ataques contra a Faixa de Gaza após combatentes do Hamas invadirem o país, resultando na morte de 1.200 pessoas e deixando 11.078 mortos do lado palestino, 40% delas crianças, de acordo com autoridades locais.

Tayyip Erdogan, presidente da Turquia, fez um apelo para que uma conferência internacional de paz seja convocada para encontrar uma solução permanente para o conflito entre Israel e os palestinos. Ele ressaltou a urgência de um cessar-fogo que seja permanente e não apenas pausas de algumas horas.

A Turquia, que tem aumentado suas críticas a Israel à medida que a crise humanitária em Gaza escalou, apoia uma solução de dois Estados e hospeda membros do Hamas, que são considerados uma organização terrorista por vários países do Ocidente, incluindo os Estados Unidos e o Reino Unido. Erdogan defendeu que uma solução permanente depende da formação de um Estado palestino com base nas fronteiras de 1967 e ressaltou a importância de uma conferência internacional de paz para alcançar esse objetivo.

O conteúdo deste texto não pode ser reproduzido.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo