As oito medidas elencadas no guia “Life’s essential 8” são: comer bem, fazer atividades físicas, não fumar, dormir bem, manter um peso saudável, controlar o colesterol, monitorar o açúcar no sangue e administrar a pressão arterial. Os cientistas entenderam que os participantes que aderiram a um maior número dessas recomendações apresentaram maiores indicativos de saúde cardiovascular. A pesquisa foi supervisionada pelo epidemiologista cardiovascular Nour Makarem da Universidade de Columbia e está sendo debatida com mais detalhes durante o congresso Sessões Científicas da AHA, na Filadélfia (EUA), neste fim de semana. José Carlos Zanon, presidente do departamento de cardiogeriatria da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), pontuou que os resultados do estudo não sugerem apenas uma maior expectativa de vida, mas sim a capacidade de envelhecer com qualidade de vida.
Em razão da importância do coração na saúde geral dos pacientes fortemente evidenciada por essa pesquisa, especialistas ressaltam a relevância de se investir na manutenção dos principais fatores de risco para garantir uma longevidade mais saudável. Nas últimas duas décadas, as doenças cardíacas foram responsáveis por grande parte das mortes no mundo. No Brasil, enfermidades cardiovasculares correspondem a 30% dos óbitos, enquanto no mundo são a causa de 32% das mortes. Fabrício Braga, mestre em cardiologia, e Maria Cristina Izar, cardiologista, ressaltam a relevância de um estilo de vida saudável para a estética. Além disso, os especialistas apontam que quatro das oito recomendações do guia “Life’s essential 8” já são suficientes para garantir boa saúde cardiovascular. Na opinião deles, a prática regular de exercícios físicos é um dos fatores-chave para uma sobrevida extra do coração.
Diante dos impactantes resultados do estudo, a imprensa chama a atenção para a necessidade de priorizar a adoção de um estilo de vida saudável a fim de garantir uma vida mais longa e saudável.