Senador Flávio Bolsonaro critica demora do Supremo Tribunal Federal em decisão humanitária que resultou na morte de preso.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) expressou seu pesar pela morte de Cleriston Pereira da Cunha, de 46 anos, que estava detido no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, por sua participação na invasão das sedes dos três Poderes, ocorrida em 8 de janeiro. Em um discurso no Plenário nesta terça-feira (21), o parlamentar ressaltou que Cleriston estava sob a custódia do Estado e havia sido preso preventivamente há dez meses, apesar de laudos médicos atestarem problemas de saúde.

“O entendimento pacífico do Supremo [Tribunal Federal] para qualquer criminoso neste país é o seguinte: ‘tratamento de doença grave é motivo para prisão domiciliar humanitária’, e o Clezão faleceu esperando a decisão do relator [ministro Alexandre de Moraes], que, na minha opinião, falhou por vários meses, e isso custou a vida de um inocente”, afirmou o senador em seu pronunciamento.

Além disso, Flávio Bolsonaro enfatizou que a defesa de Cleriston fez oito pedidos de liberdade provisória, com o parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR). No entanto, de acordo com o senador, o ministro Alexandre de Moraes ignorou as petições do advogado de defesa.

“Até quando vão dar abrigo para alguém continuar agindo da forma como está? Basta cumprir a Constituição e a legislação, que deveria ser igual para todos. A lei existe justamente para impedir que déspotas surjam. O país se tornou uma terra sem lei. Se quiser fazer algo, cumpra os requisitos legais”, pontuou o senador.

A morte de Cleriston Pereira da Cunha é mais um episódio a levantar questionamentos sobre o sistema carcerário e a atuação do Poder Judiciário no Brasil. As críticas do senador Flávio Bolsonaro refletem a preocupação com a garantia dos direitos humanos e a aplicação justa da lei, buscando evitar injustiças e abusos de poder.

A decisão do ministro Alexandre de Moraes em relação aos pedidos de liberdade provisória de Cleriston levanta debates sobre a autonomia do Judiciário e a necessidade de garantir a igualdade perante a lei para todos os cidadãos. A morte de Cleriston também destaca a importância de se garantir o acesso à saúde e à devida assistência aos detentos, independentemente de sua situação legal.

Portanto, a morte de Cleriston Pereira da Cunha serve como um alerta para a necessidade de reformas no sistema carcerário e no cumprimento da legislação, visando assegurar os direitos e a dignidade de todos os indivíduos, mesmo aqueles que estão privados de liberdade.

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