Projeto de Lei aprovado na Câmara dos Deputados estabelece prazo para empresas se ajustarem aos requisitos ambientais e de eficiência energética.

A Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que estabelece um prazo de um ano para que as empresas fabricantes, importadoras ou distribuidoras de bens de informática se adequem aos requisitos ambientais e de eficiência energética. A proposta, que recebeu parecer favorável na forma de um substitutivo elaborado pelo deputado Nilto Tatto (PT-SP), também estabelece que o prazo comece a contar a partir da definição dos indicadores de eficiência energética específicos para os bens de tecnologia da informação e comunicação (TIC).

A decisão foi tomada após o relator rejeitar o substitutivo adotado na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Segundo ele, a medida poderia se tornar uma “norma em branco”, ao incluir no mesmo padrão de eficiência energética produtos da chamada linha branca, como geladeiras e fogões, e veículos elétricos. Tatto ressaltou que é necessário compreender a dificuldade intrínseca para estabelecer requisitos ambientais e de eficiência energética para produtos com novas tecnologias, uma vez que a inovação não segue os mesmos parâmetros de eletrodomésticos consagrados no mercado.

Diante disso, o relator estabeleceu que os produtos de TIC devem obedecer a requisitos ambientais e de eficiência energética específicos. A versão original do texto previa apenas a adequação às normas editadas pelo Poder Executivo sobre limites máximos de consumo de energia ou mínimos de eficiência energética.

O texto aprovado também isenta da medida os bens que não disponham de parâmetros para comparação da sua eficiência energética. Além disso, a versão aprovada altera a Política Nacional de Conservação e Uso Racional de Energia, a Política Nacional de Resíduos Sólidos e a Lei de Licitações e Contratos Administrativos.

O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado agora pelas comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania. A proposta tem o potencial de impactar significativamente o setor de tecnologia da informação e comunicação, uma vez que as empresas terão que se adequar a novos requisitos ambientais e de eficiência energética dentro do prazo estabelecido. Este é mais um exemplo das ações do poder legislativo para promover a sustentabilidade e a eficiência energética no país.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo