CCJ da Câmara dos Deputados aprova projeto que permite matrícula de filhos de servidores na mesma escola em que trabalham.

Na manhã de terça-feira (29), a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou um projeto que permite aos servidores da educação básica pública matricularem seus dependentes na escola em que estão lotados, desde que nela sejam oferecidos os anos escolares adequados aos beneficiados. A relatora do projeto, deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), apresentou parecer pela aprovação do substitutivo da Comissão de Educação ao Projeto de Lei 2529/21, de autoria do ex-deputado Francisco Jr (GO).

A proposta escapou do rito de tramitação que a levava para o Senado e poderá seguir adiante, a menos que haja recurso para votação antes pelo Plenário da Câmara. A substituição deu origem a uma nova regra na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. De acordo com a legislação atual, apenas é garantido o direito de vaga em unidade da educação infantil ou fundamental próxima da residência do aluno.

No entanto, a aprovação do projeto não foi unânime. O deputado do Partido Novo, Gilson Marques, questionou a viabilidade do texto, declarando que seria preciso aperfeiçoá-lo. Segundo ele, se houver apenas uma vaga e um aluno a mais na sala de aula, ele concordaria, mas a disposição atual não corresponde a isto. Por outro lado, Laura Carneiro defendeu a justiça do projeto, argumentando que a medida busca restaurar uma prática do passado, em que os filhos de professores da unidade de ensino tinham preferência para estudar naquela escola. “Dar a garantia a essa criança de ter mais contato com seus pais é sempre bom”, afirmou a relatora.

Agora, o projeto aguarda os próximos passos para se tornar lei, com a possibilidade de seguir para apreciação no Senado. A proposta pode representar uma mudança significativa na realidade dos servidores da educação, permitindo que suas famílias tenham acesso a um benefício há muito perdido. O debate em torno do projeto continuará, com os defensores e críticos defendendo seus pontos de vista sobre o impacto que a medida poderá ter na comunidade escolar e na qualidade do ensino oferecido.

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