Comissão de Comunicação da Câmara dos Deputados aprova proposta que aumenta pena para venda de remédios abortivos

Na última quinta-feira, 04 de dezembro de 2023, a Comissão de Comunicação da Câmara dos Deputados aprovou uma proposta que estabelece a pena de até 20 anos para a venda de remédios com a finalidade de provocar aborto. O relator da proposta, Nikolas Ferreira, do PL-MG, foi o responsável por apresentar o substitutivo ao Projeto de Lei 3415/19, mantendo a versão original, mas incorporando medidas previstas em projetos apensados que tratavam do mesmo tema, como o PL 1004/23, PL 1229/23 e PL 349/23.

Uma das principais alterações feitas no texto foi a substituição do termo “remédios abortivos” por “remédios com a finalidade de provocar abortos”, com o intuito de evitar incertezas acerca da penalização de propagandas de medicamentos que não são abortivos, mas que podem provocar aborto de forma acidental, de acordo com a justificativa do relator.

Além disso, a proposta também estende a penalidade ao comércio ou qualquer tipo de negociação por meio eletrônico de produtos com a finalidade de provocar aborto, o que coloca as redes sociais e as plataformas de comércio eletrônico como responsáveis por proibir esse tipo de crime.

Outro ponto importante da proposta é a definição de multa para quem fizer propaganda desses medicamentos em dez vezes o mínimo previsto para infrações sanitárias, que atualmente é de R$ 2 mil. Isso significa que a multa para propaganda de abortivos seria de R$ 20 mil.

No entanto, a proposta ainda precisa passar por outras comissões antes de seguir para votação no Plenário. Ela será analisada de forma conclusiva pelas comissões de Defesa dos Direitos da Mulher, de Saúde e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Caso seja aprovada, a proposta representará uma mudança significativa nas penas relacionadas à venda e propaganda de remédios com a finalidade de provocar aborto, visando coibir essa prática e aumentar as punições para quem incentivá-la.

Com a reportagem de Emanuelle Brasil e a edição de Geórgia Moraes, fica clara a importância dessa proposta aprovada pela Comissão de Comunicação da Câmara dos Deputados e aguardamos os próximos passos dessa tramitação para ver como esse tema será debatido e votado pelas demais comissões.

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