O Plano Plurianual (PPA) é um plano de quatro anos que orienta a elaboração dos orçamentos anuais, e o projeto do governo veio com R$ 13,3 trilhões distribuídos em 88 programas nos eixos social, econômico e institucional.
Bohn Gass justifica a inclusão dos novos temas no plano, salientando que são obras que não estavam planejadas e precisam ser viabilizadas com debate, uma vez que tem as emendas de comissões, das bancadas e as particulares.
O relator ressaltou a importância de obedecer à margem de recursos para despesas novas, estimada em cerca de R$ 30 bilhões por ano em relação às emendas parlamentares obrigatórias, além das limitações impostas pelo novo arcabouço fiscal (LC 200/23).
Alguns dos novos temas incluídos por Bohn Gass no plano são a proteção, resgate e recuperação de animais domésticos, a produção de semicondutores, a ampliação de recursos para a Embrapa, a inserção da pecuária familiar dentro das políticas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, e a expansão do ensino superior em regiões onde não haja universidade pública federal.
Além disso, o relator também incluiu como emenda novo indicador quanto ao número de crianças de 4 a 5 anos matriculadas em educação infantil e acatou emendas que exigem que a avaliação anual do cumprimento do PPA tenha recortes de gênero e raça.
Das 284 emendas apresentadas ao PPA, Bohn Gass rejeitou 110 e inadmitiu 13. A maior parte das emendas, 114, eram de investimentos novos, sendo que 45 eram relativas ao transporte rodoviário. No entanto, o relator não acatou emendas de novos programas por considerar que a proposta do Executivo já é bastante extensa, e também não acatou emendas sobre despesas de pessoal, justificando que devem ser debatidas anualmente na Lei de Diretrizes Orçamentárias e na Lei Orçamentária Anual.