Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido afirma que FSB da Rússia tentou interferir na política britânica.

O Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido está responsabilizando o Serviço Federal de Segurança (FSB) da Rússia por tentativas malsucedidas de interferir nos processos políticos do país. A acusação veio após promotores dos Estados Unidos revelarem acusações contra dois cidadãos russos, ligados à invasão de redes de computadores na Grã-Bretanha, nos EUA e em outros países da Otan. Diante disso, o Reino Unido convocou o embaixador russo em Londres para prestar esclarecimentos.

Segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, David Cameron, as tentativas da Rússia de interferir na política do Reino Unido são completamente inaceitáveis e buscam ameaçar os processos democráticos. Ele ainda afirmou que a medida de sancionar os responsáveis e convocar o embaixador russo expõe as tentativas de influência e reforça mais um exemplo de como a Rússia escolhe operar no cenário global.

O Centro 18, uma unidade do FSB, foi identificado pelo governo do Reino Unido como responsável por uma série de operações de espionagem cibernética visando o país. Além disso, os atuais alvos da Rússia incluem parlamentares de vários partidos políticos, sendo que alguns ataques resultaram na fuga de documentos desde 2015 até 2023. A situação também envolveu hackeamento de documentos comerciais entre o Reino Unido e os EUA, vazando antes das eleições gerais no Reino Unido em dezembro de 2019.

Os dois homens indiciados nos Estados Unidos, Ruslan Aleksandrovich Peretyatko e Andrei Stanislavovich Korinets, enfrentam agora sanções em ambos os países. Segundo um alto funcionário do FBI, eles são atualmente procurados e acredita-se que estejam na Rússia.

A preocupação com ataques cibernéticos tem crescido, com o Reino Unido alertando para um aumento dos ataques da Rússia e do Irã visando funcionários governamentais, jornalistas e ONG através de pesca submarina. Além disso, ocorreram relatos de hackeamento do celular da ex-primeira-ministra Liz Truss, incluindo mensagens sobre a guerra na Ucrânia.

O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Leo Docherty, afirmou que a ameaça cibernética representada pela Rússia é real e séria, ressaltando a necessidade de maior vigilância para combater essas práticas. Nos Estados Unidos, o Departamento de Estado está oferecendo uma recompensa para qualquer informação que leve à localização e prisão dos dois acusados de hackeamento. A situação intensifica ainda mais as tensões entre diferentes países e reforça a importância de medidas de segurança cibernética.

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