Ministério da Saúde aponta queda de 29,5% na mortalidade por HIV/AIDS em Pernambuco, segundo Boletim Epidemiológico.

O mais recente Boletim Epidemiológico sobre HIV/AIDS, elaborado pelo Ministério da Saúde, trouxe boas notícias para o estado de Pernambuco. Segundo o documento, foi registrada uma redução de 29,5% no coeficiente de mortalidade pela doença na região. Isso significa que a média de casos fatais por 100 mil habitantes caiu de 6,1 para 4,3.

Outro dado relevante é em relação aos óbitos relacionados ao HIV/AIDS. No último ano, 515 mortes foram registradas em Pernambuco, com o HIV ou a AIDS como causa básica. Entre as capitais, Recife se destacou, registrando 10,5 mortes para cada 100 mil habitantes, superando a taxa nacional de 4,1 óbitos.

Além disso, o Boletim também apontou que a média de detecção no estado foi de 15,9 casos por 100 mil habitantes, com 32,2 casos na capital pernambucana. Dos 43.403 casos notificados em todo o país no último ano, 2.437 foram identificados em Pernambuco, o que representa 5,61% do total nacional.

Um dos pontos mais preocupantes é o número de gestantes infectadas pelo HIV em Recife, que atualmente tem uma média de 4,9 casos por mil nascidos vivos. O Ministério da Saúde ressaltou a importância do diagnóstico em gestantes para aplicar medidas de prevenção e evitar a transmissão vertical do vírus.

Para prevenir o HIV, o Ministério da Saúde destaca o uso da PrEP, um método disponível pelo SUS que consiste em tomar comprimidos antes da relação sexual. Atualmente, estima-se que um milhão de pessoas vivam com HIV no Brasil, mas apenas 900 mil conhecem seu diagnóstico.

Visando ampliar o cuidado com a população, o Ministério da Saúde investiu R$ 27 milhões neste ano para a compra de quatro milhões de unidades de um teste rápido que detecta, simultaneamente, sífilis e HIV, e que está disponível nos serviços de saúde gratuitos.

Os dados apresentados no Boletim Epidemiológico são fundamentais para embasar ações de prevenção e tratamento do HIV/AIDS, e evidenciam a importância de medidas como a PrEP e a realização de testes rápidos.

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