Os menores, de cinco meses, três, cinco e sete anos, não eram o alvo inicial do ataque de acordo com a polícia. A casa da família está localizada em Guasmo Sur, uma área empobrecida de Guayaquil, no sudoeste do país, abalada pelo domínio de gangues criminosas. Autoridades relacionam a tragédia à disputa pelo controle do território para o tráfico de drogas, ato que evidencia a crueldade com que os grupos armados atuam no país.
Especificamente, esta tragédia reflete a violência crescente em Guayaquil, uma das cidades mais violentas do Equador, cenário de terror espalhado pela disputa de território pelas gangues criminosas. O general Víctor Herrera, comandante de Guayaquil e dos arredores, ressaltou que o evento violento não foi direcionado a essa família, mas sim a uma casa adjacente, a qual a polícia encontrou materiais para a realização de ataques com explosivos.
Esta não é a única evidência do aumento de violência no Equador nos últimos anos. Entre janeiro de 2019 e junho de 2022, os homicídios de jovens entre 15 e 19 anos aumentaram 500%, totalizando 246 mortes. Além disso, 61 mortes violentas de crianças de até 14 anos foram registradas no primeiro semestre de 2023, indicando um quadro alarmante no país. Em 2022, o Equador registrou um recorde de 26 homicídios por 100 mil habitantes, e especialistas alertam que esse número pode subir para 40 assassinatos por 100 mil pessoas este ano.
Diante deste cenário assustador, a tragédia que atingiu a família no Equador demonstra a situação de alarmante violência que o país enfrenta, relacionada à atuação de gangues criminosas. O impacto desta terrível perda não apenas abala as famílias afetadas, mas também evidencia a necessidade urgente de medidas concretas para lidar com a crescente violência que assola esta nação latino-americana.
