Do lado do mercado de câmbio, o dólar comercial teve um desempenho mais conservador, encerrando o dia vendido a R$ 4,914, com uma pequena queda de 0,07%. Apesar de ter atingido um mínimo de R$ 4,87 durante o dia, a derrubada do veto à desoneração da folha de pagamentos pelo Congresso brasileiro gerou alguma incerteza e reduziu o otimismo dos investidores. No entanto, a moeda norte-americana permanece praticamente estável no acumulado de dezembro, com uma queda de 6,93% em 2023.
O mercado financeiro global experimentou um dia de euforia após o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, decidir não alterar as taxas de juros e sinalizar a intenção de cortar 0,75 ponto percentual ao longo de 2024. Essa situação é favorável para países emergentes, com a probabilidade de atrair mais investimentos externos, incluindo o Brasil.
A notícia de um corte de 0,5 ponto na taxa Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central também animou os investidores da bolsa de valores brasileira, com a promessa de manter o ritmo das reduções nos primeiros meses de 2024.
No entanto, o mercado financeiro foi impactado pela derrubada do veto à desoneração da folha de pagamentos pelo Congresso, causando tensão nos investidores. Segundo o Ministério da Fazenda, a medida poderá resultar em uma perda de R$ 25 bilhões para a Previdência Social em 2024, com R$ 14 bilhões correspondendo à prorrogação da desoneração da folha de 17 setores da economia até o fim de 2027, e R$ 11 bilhões relacionados à redução da alíquota da contribuição para a Previdência paga pelas prefeituras.
Em resumo, a bolsa de valores alcançou um novo recorde em meio a perspectivas favoráveis de redução das taxas de juros, mas o mercado de câmbio e os investidores foram afetados pela incerteza em relação à derrubada do veto à desoneração da folha de pagamentos. A volatilidade e a tensão causadas por eventos políticos e econômicos continuam a influenciar o cenário financeiro nacional e internacional.