Durante o período de 25 de outubro a 16 de novembro, 1.443 médicas brasileiras participaram da pesquisa por meio de um formulário online. Entre as participantes que relataram ter vivido situações de agressão, aproximadamente metade (44,62%) denunciou o caso à chefia imediata ou à diretoria. No entanto, somente em 5,40% das vezes houve apuração e punição dos responsáveis.
Além disso, a grande maioria das profissionais (70,48%) já passou por situações de preconceito de gênero no ambiente de trabalho. Quase 8 em cada 10 (76,37%) dizem considerar que não há igualdade de gênero na carreira e no caso de promoções. Um dado alarmante é que metade das médicas (50,87%) nunca foi indicada a um cargo de chefia.
Esses números são preocupantes e evidenciam a urgência de medidas efetivas para combater a violência e o preconceito contra as mulheres no ambiente médico. A pesquisa revela que é essencial promover um ambiente de trabalho mais seguro e inclusivo para as profissionais da área da saúde.
Esses achados também apontam para a necessidade de promover a conscientização e a formação de políticas que visem a igualdade de gênero e o combate ao assédio e à discriminação. No entanto, a responsabilidade por promover mudanças significativas não recai apenas sobre as instituições de saúde, mas também sobre toda a sociedade.
Portanto, é fundamental que essas informações sejam amplamente divulgadas e que as autoridades competentes atuem para implementar medidas eficazes que garantam um ambiente de trabalho digno e respeitoso para todas as médicas e profissionais da saúde. A violência, o assédio e o preconceito de gênero devem ser combatidos de forma efetiva, a fim de promover uma sociedade mais justa e igualitária para todos.