Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher aprova Projeto de Lei para proteção de vítimas de violência doméstica.

Na última quarta-feira (18/12/2023), a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 2054/23, que determina que a mulher vítima de violência doméstica ou familiar seja sempre informada nos casos de fuga do agressor ou concessão de liberdade a ele. O projeto também prevê que a vítima seja informada quando ocorrer determinação de prisão domiciliar ou fiscalização por monitoramento eletrônico, assim como sobre o uso indevido ou mau funcionamento de equipamento de monitoramento eletrônico.

O projeto, de autoria do deputado Alberto Fraga (PL-DF), tem como objetivo inserir essas medidas na Lei Maria da Penha. A relatora, deputada Delegada Ione (Avante-MG), apresentou um substitutivo ao projeto, estabelecendo que a vítima seja comunicada da alteração de regime de pena ou da liberdade do agressor no mínimo 48 horas antes da expedição do alvará de soltura. De acordo com a parlamentar, é um direito da mulher agredida ser informada sobre o paradeiro de seu agressor, para que ela possa se proteger o mais rápido possível em casos em que o agressor escapou da prisão, foi liberado ou em que o mecanismo de monitoramento não está funcionando como deveria.

A proposta será analisada, em caráter conclusivo, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. A relatora considerou o projeto oportuno e pertinente, e ressaltou a importância da informação para a segurança da vítima de violência doméstica ou familiar. A medida busca garantir que a mulher tenha direito de estar ciente sobre o paradeiro de seu agressor, reforçando assim seu direito à proteção e segurança.

O projeto de lei representa um avanço significativo na luta contra a violência de gênero, assegurando que as vítimas sejam informadas em tempo hábil sobre a situação de seus agressores e das medidas que foram adotadas em relação a eles. A relatora ressalta que a informação é crucial para que a vítima possa se proteger e buscar as medidas necessárias para garantir a sua segurança. A proposta agora segue para as próximas etapas de análise na Câmara dos Deputados, com a expectativa de que contribua para a proteção e amparo das mulheres vítimas de violência.

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