Comissão de Meio Ambiente da Câmara aprova projeto de lei para punir condutor que não comunica atropelamento de animal.

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que propõe alterações no Código de Trânsito Brasileiro. De acordo com a proposta, os condutores envolvidos em atropelamentos de animais seriam punidos com multa caso não comuniquem o fato às autoridades competentes. Essa conduta seria considerada uma infração gravíssima, resultando em sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e em multa de R$ 293,47.

Além disso, o projeto também visa alterar a Lei 10.233/01, que trata da reestruturação dos transportes terrestre e aquaviário. A ideia é estabelecer que os contratos de concessões rodoviárias devam prever ações de prevenção de atropelamentos de animais e a prestação de socorro, pelo concessionário, aos animais atropelados. O custo decorrente dessa medida poderá ser objeto de revisão tarifária.

O texto aprovado é resultado de um substitutivo apresentado pelo deputado Marcelo Queiroz (PP-RJ) ao Projeto de Lei 1362/19, de autoria do deputado licenciado Celso Sabino (PA). Queiroz defendeu a aprovação dos projetos apensados e ressaltou a importância de não deixar a prestação de socorro diretamente nas mãos do condutor ou de qualquer pessoa que testemunhe o atropelamento, argumentando que a abordagem do animal ferido por pessoas não capacitadas poderia resultar em outros acidentes.

Outro ponto relevante do projeto é a determinação de que o condutor causador do atropelamento, quando o ato for doloso, arque com os custos do tratamento do animal atropelado até a sua plena recuperação.

A matéria agora será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania antes de ser apreciada pelo Plenário. A reportagem foi realizada por Emanuelle Brasil, com edição feita por Ana Chalub.

As alterações propostas pelo projeto de lei visam dar maior proteção aos animais que são vítimas de atropelamentos e responsabilizar os condutores por suas ações. A discussão sobre o tema deve continuar no âmbito legislativo, com debates sobre a efetividade das medidas propostas e seu impacto na legislação de trânsito.

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