De acordo com a Polícia Federal, foram identificados pagamentos de vantagens ilícitas entre 5% e 25% dos valores dos contratos na área de assistência social, totalizando mais de R$ 70 milhões. As investigações estão sendo mantidas em sigilo, segundo o órgão.
Além de Vinícius Sarciá, que também é presidente do Conselho de Administração da Agência estadual de Fomento, os alvos de buscas são Astrid de Souza Brasil Nunes, subsecretária de Integração Sociogovernamental e de Projetos Especiais da Secretaria estadual de Governo, e Allan Borges Nogueira, gestor de Governança Socioambiental da Cedae.
As investigações apontam que a organização criminosa infiltrou-se nos setores públicos de assistência social do Estado do Rio. O grupo teria fraudado licitações e contratos administrativos, desviado verbas públicas e pago propina aos envolvidos nos esquemas criminosos. Além disso, teria obtido vantagens econômicas e políticas indevidas, uma vez que direcionou a execução dos projetos sociais para seus redutos eleitorais, aproveitando-se da população mais necessitada.
Neste momento, estão sendo cumpridos três mandados de busca e apreensão e sete medidas de afastamento de sigilo bancário e fiscal, além de seis medidas de afastamento de sigilo telemático, todos expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça, no município do Rio.
Segundo informações da Polícia Federal, a investigação segue em andamento, sem previsão de divulgação de novos desdobramentos. Este é mais um caso que lança luz sobre a corrupção sistêmica que fragiliza a administração pública, especialmente no estado do Rio de Janeiro.