Brasil e Argentina pedem à OMC orientação para negociações agrícolas fundamentais para segurança alimentar global

Brasil e Argentina buscam avanços nas negociações da OMC

No último sábado, os representantes do Brasil e da Argentina se encontraram com a diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Ngozi Okonjo-Iweala, em Montevidéu, para discutir a importância de avançar nas negociações sobre subsídios agrícolas. Ambos os países defendem que a redução ou eliminação desses subsídios é fundamental para garantir a segurança alimentar global.

Durante o encontro, o embaixador do Brasil na Associação Latino-Americana de Integração (Aladi), Antonio Ferreira Simões, ressaltou a relevância do tema agrícola, destacando que a América do Sul é responsável por produzir 30% dos alimentos do mundo. Ele enfatizou que a redução dos subsídios permitiria aumentar a produção e exportação de alimentos por países que não contam com esse tipo de auxílio.

O representante argentino junto à Aladi, Alan Beraud, solicitou o envolvimento pessoal de Okonjo-Iweala para avançar nas negociações sobre agricultura e propôs a emissão de um documento que servirá como roteiro para a próxima conferência ministerial da OMC em 2026. Essa iniciativa visa impulsionar as conversas sobre subsídios agrícolas, uma vez que a última conferência ministerial da OMC não apresentou avanços significativos nesse assunto.

Questionada sobre o papel da OMC na garantia da segurança alimentar global, Okonjo-Iweala se comprometeu a promover discussões que visam reduzir os subsídios, melhorar o acesso ao mercado e tornar a agricultura mais sustentável. Ela também ressaltou a importância de descentralizar as cadeias de valor para países que ainda não se beneficiaram da globalização.

Em sua fala, a diretora-geral da OMC destacou a necessidade de combater o protecionismo e repensar a globalização, enfatizando que a América Latina pode se beneficiar dessas mudanças. A expectativa agora é que as propostas apresentadas pelo Brasil e Argentina possam impulsionar as negociações na OMC e promover avanços significativos nas discussões sobre subsídios agrícolas.

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