Desmistificando o detox do fígado: Mitos e verdades sobre a limpeza do órgão e a saúde hepática

O fígado, órgão vital do corpo humano, é frequentemente deixado de lado por muitas pessoas. Mesmo com a sua importância, muitos ignoram suas funções e cuidados necessários para mantê-lo saudável. O fígado desempenha mais de 500 funções diferentes no corpo, como a produção de bile para a digestão de gorduras, produção de proteínas como a albumina (responsável por manter a pressão sanguínea), armazenamento de energia, controle da coagulação sanguínea, além de desintoxicação e neutralização de toxinas. O cirurgião especialista em fígado e aparelho digestivo e Diretor do Instituto do Fígado Américas, Ben-Hur Ferraz Neto, destaca a grande importância do órgão, afirmando que “o fígado é a usina do corpo humano”.

Apesar de sua relevância, muitas pessoas tendem a culpar o fígado por sintomas como enjoo, boca amarga e dor de cabeça, porém na realidade, raramente o fígado é o motivo desses sintomas. O fígado é um órgão traiçoeiro, pois não costuma apresentar sintomas até que seja tarde demais. Porém, em virtude do seu papel na desintoxicação do corpo, o tema de “limpeza” e “detox do fígado” tem ganhado destaque, principalmente no fim de ano, período cheio de happy hours e festas de confraternização.

Ben-Hur Ferraz Neto é categórico ao afirmar que “não existe detox do fígado”, desmistificando as crenças populares e fake news que circulam pela internet sobre formas e métodos de limpeza hepática. Segundo o especialista, o fígado é capaz de se recuperar de abusos, como o consumo excessivo de bebidas alcoólicas ou alimentação não saudável, desde que esteja saudável.

Ele também destaca que não é necessário realizar uma “limpeza” do fígado para ajudar o órgão a se recuperar de abusos. O fígado possui a capacidade de se regenerar e restabelecer sua condição normal, desde que a pessoa esteja com o check-up em dia e saiba que seu órgão está saudável. Seguir hábitos saudáveis, fazer exercícios físicos, evitar o consumo abusivo de álcool e seguir uma dieta equilibrada são ações fundamentais para manter a saúde do fígado. A atenção aos sintomas e exames periódicos a partir dos 50 anos também são essenciais para o cuidado com o órgão.

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