Comissão da Câmara aprova projeto que restringe contribuição previdenciária de policiais militares inativos e pensionistas.

Na última quinta-feira, dia 10 de janeiro de 2024, a Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família, da Câmara dos Deputados, aprovou um importante projeto de lei relacionado à contribuição previdenciária de policiais militares inativos e pensionistas. A proposta busca restringir a incidência dessa contribuição apenas ao que exceder o teto do Regime Geral de Previdência Social, que atualmente é de R$ 7.087,22.

A iniciativa surge em decorrência de uma reforma do sistema de proteção social dos militares, realizada em 2019, que aumentou a alíquota da contribuição previdenciária de ativos e inativos para pensões militares, passando de 7,5% para 10,5% da remuneração total. Além disso, os pensionistas de militares, antes isentos, passaram a recolher pelo menos 10,5% do benefício total.

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O projeto foi aprovado na forma do substitutivo do relator, ex-deputado Prof. Paulo Fernando(DF), para o Projeto de Lei 1451/23, do deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB). De acordo com o relator, todos devem contribuir para a reforma da Previdência, mas é necessária uma readequação das alíquotas.

A medida aprovada altera a Lei das Pensões Militares. Com a versão original da proposta, estados e o Distrito Federal seriam proibidos de cobrar a contribuição dos inativos e pensionistas sem assegurar a integralidade e a paridade com a ativa. “Os estados, de forma seletiva, estão aplicando o que melhor lhes convém, descontando dos inativos a alíquota previdenciária sem garantir a integralidade e a paridade dos vencimentos”, criticou o deputado Cabo Gilberto Silva.

O projeto ainda passará por tramitação em outras comissões, tais como as de Finanças e Tributação, bem como de Constituição e Justiça e de Cidadania. A aprovação dessa proposta representa mais um passo importante no contexto das reformas previdenciárias e é aguardada com expectativa pelos setores envolvidos.

*Este texto foi escrito por Ralph Machado e editado por Rodrigo Bittar.

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