Ataque terrorista ao canal de televisão TC Televisión em Guayaquil, no Equador, mantém jornalistas e funcionários como reféns.

No meio da tarde de terça-feira, o Equador foi palco de um verdadeiro terror, com múltiplos ataques, tiroteios, incêndios e assassinatos em diversas cidades do país. Em Guayaquil, no prédio da TC Televisión, os jornalistas foram surpreendidos por tiros, gritos e pancadas, enquanto estavam ao vivo no noticiário. No estúdio, cerca de 20 homens encapuzados, armados e com dinamite, invadiram as instalações e tomaram os funcionários, incluindo os apresentadores Jorge Rendón e Vanessa Filella, como reféns.

Os momentos de pânico vividos pelos jornalistas e funcionários do canal foram descritos por Alina Manrique, chefe de redação, e pelo jornalista Stalin Baquerizo, que relataram que todos correram para se esconder, enquanto os sequestradores os ameaçavam de morte e disparavam tiros no local. Durante o sequestro, alguns funcionários foram agredidos e um cinegrafista foi atingido por uma bala que ricocheteou em sua perna.

Os terroristas exigiram microfones e mantiveram todos em um estado de tensão e medo por quase 30 minutos, até que a polícia entrou no prédio. Durante a intervenção, o jornalista José Luis Calderón foi forçado a dar uma mensagem à polícia em nome dos sequestradores, enquanto os reféns temiam pela própria vida. Felizmente, a polícia conseguiu deter 13 dos sequestradores, e o Ministério Público abriu uma investigação para apurar o que aconteceu.

Os jornalistas que estavam na TC Televisión no momento do sequestro falaram sobre o risco que enfrentaram e o medo de perder a vida. Alina Manrique destacou a facilidade de matar jornalistas no Equador, que é um país marcado pela violência e instabilidade. Apesar dos acontecimentos, o canal retomou suas transmissões após dois dias de fechamento para que as perícias pudessem ser realizadas.

Além disso, um dos jornalistas responsáveis por cobrir a área policial, Jorge García, que chegou momentos depois do início do sequestro, comentou sobre o medo constante que ele e outros colegas enfrentam diariamente devido aos altos níveis de insegurança no país. Os criminosos detidos serão acusados de crime de terrorismo, incluindo dois menores de idade. O jornalismo no Equador enfrenta uma ameaça constante, representando um desafio para os profissionais da área que buscam exercer sua atividade com segurança e liberdade.

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