Ministra das Relações Exteriores do Equador afirma que país caiu “muito baixo” devido à insegurança causada pela violência do crime organizado

Em Davos, na quarta-feira (17), a ministra das Relações Exteriores do Equador, Gabriela Sommerfeld, fez declarações alarmantes sobre a atual situação de violência no país. Ela afirmou que o Equador está passando por uma crise de insegurança devido à atuação de cerca de 20 organizações criminosas que estão semeando o terror. O poder desses grupos é originário das prisões, e as políticas de linha-dura adotadas pelo governo para enfrentar esses grupos estão causando represálias violentas.

Sommerfeld destacou que o país está sofrendo com o medo e a falta de oportunidades, afirmando que o Equador “caiu muito baixo” devido à onda de violência que resultou em 19 mortes. A crise de segurança teve início com a fuga de um dos líderes do narcotráfico, desencadeando motins nos presídios, sequestros de policiais e ataques com explosivos.

A chanceler também ressaltou o impacto econômico da violência, mencionando que muitas empresas tiveram que fechar as portas, resultando em perda de empregos. Ela salientou que as pequenas, médias e microempresas são as mais afetadas pela criminalidade e que a situação levou ao fechamento de cerca de 40.000 empresas.

Diante desse cenário, o presidente Daniel Noboa declarou o país em “conflito armado interno” e concedeu “status” beligerante às gangues, transformando-as em alvos militares. Além disso, mobilizou mais de 22.000 membros das Forças Armadas para lidar com a situação.

A chanceler ressaltou que o Equador tem recebido apoio internacional no combate à violência e ao crime organizado, enfatizando que o país é um ponto de trânsito para o narcotráfico.

A escalada da violência no Equador reflete um problema enraizado, mas Sommerfeld destacou que a responsabilidade não recai apenas sobre o país, ressaltando a importância da cooperação internacional. Apesar de ser um país pequeno, o Equador está enfrentando desafios complexos que exigem apoio e solidariedade de outros países.

A situação no Equador é preocupante e demanda uma abordagem estratégica e colaborativa para lidar com a insegurança, a violência e o crime organizado. Espera-se que o país receba o apoio necessário para superar esses desafios e retomar a estabilidade e a segurança para a população equatoriana.

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