Além disso, um ofício foi enviado ao Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público Estadual, solicitando que as ações sejam acompanhadas presencialmente. A Operação Escudo é lançada sempre que um agente de segurança do Estado sofre um ataque, visando restabelecer a ordem e a sensação de segurança da população.
Um dos acontecimentos que motivou as recentes ações das forças de segurança foi a morte da policial militar Sabrina Romão, em Parelheiros, zona sul da capital paulista. Para a polícia, o crime se tratou de um roubo seguido de morte, da mesma forma que outro caso ocorrido em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.
No entanto, há preocupação em relação a esse tipo de operação, seguindo o modelo utilizado em Guarujá, no litoral paulista, no ano passado, que resultou na morte de 28 pessoas em 40 dias. A socióloga Giane Silvestre, pesquisadora do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP), defende que a lógica de enfrentamento não é efetiva para a proteção dos policiais e pode deixá-los mais vulneráveis a ataques.
Ela enfatiza a importância de atuar com foco na prevenção, por meio de investigações qualificadas, para evitar que operações policiais resultem em um grande número de pessoas mortas. No ano passado, a Defensoria Pública de São Paulo identificou diversos indícios de abusos durante a execução da operação, como o número de disparos realizados e a forma como as mortes foram justificadas.
Diante desse cenário, a solicitação para que os policiais militares usem câmeras corporais visa fornecer um registro claro e transparente de todas as ações, garantindo a segurança tanto dos agentes de segurança quanto da população. A transparência e publicidade das operações são fundamentais para assegurar a legalidade e eficácia das ações policiais.