Segundo informações da própria Abin, equipamentos da agência teriam sido encontrados com investigados da operação, o que levantou suspeitas e provocou a abertura de uma apuração interna. Entre os equipamentos encontrados, um computador estaria em posse de Carlos Bolsonaro, que também foi alvo de mandados de busca e apreensão em seu gabinete na Câmara Municipal do Rio de Janeiro e em sua residência.
A defesa de Carlos Bolsonaro prontamente se pronunciou, negando a posse de qualquer computador pertencente à Abin e afirmando que, no momento em que os equipamentos teriam sido encontrados, o filho do ex-presidente estava pescando em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. O advogado de Jair Bolsonaro e ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social, Fábio Wajngarten, também saiu em defesa do filho do ex-presidente, refutando as acusações e classificando as informações como “fake news”.
A Operação Vigilância Aproximada teve início com o propósito de investigar uma organização criminosa instalada na própria Abin, responsável por realizar monitoramento ilegal de autoridades e outras pessoas. De acordo com a agência, essa “Abin paralela” teria utilizado técnicas de investigação próprias das polícias judiciárias, sem qualquer controle judicial ou do Ministério Público.
Fica evidente que a presença do nome de Carlos Bolsonaro no contexto da operação pode agravar ainda mais a situação política do clã Bolsonaro, que já enfrenta diversas polêmicas e investigações. A relação entre a família do ex-presidente e a Abin é questionada, e as acusações de utilização indevida de equipamentos da agência por parte de membros da família presidencial lançam ainda mais dúvidas sobre os procedimentos adotados durante o governo de Jair Bolsonaro. A repercussão do caso certamente terá desdobramentos políticos significativos, que merecem atenção e investigação por parte das autoridades competentes.