A visita do presidente francês, Emmanuel Macron, à Suécia, gerou críticas em relação à responsabilização da UE pelos problemas do setor agrícola. Macron destacou a importância da Política Agrícola Comum (PAC) europeia para a manutenção dos salários dos agricultores franceses e reiterou sua oposição ao acordo comercial entre a UE e o Mercosul, alegando diferenças entre as normas de produção agrícola dos países sul-americanos e as normas europeias.
A revolta no setor agrário em vários países europeus, incluindo a França, Alemanha, Polônia, Romênia, Bélgica e Itália, cria uma pressão adicional sobre as políticas do mandato atual, como o Pacto Verde, que inclui medidas de transição ecológica na agricultura.
Os agricultores franceses mantiveram protestos e bloqueios desde janeiro, em resposta a medidas insuficientes anunciadas pelo governo. A mobilização incluiu bloqueio de estradas e criticas ao governo em relação ao apoio à produção agrícola francesa e à regulação das importações estrangeiras.
A pressão sobre o governo francês é ainda mais acentuada devido à proximidade das eleições para o Parlamento Europeu. O partido Reagrupamento Nacional (RN), da ultradireitista Marine Le Pen, lidera as pesquisas na França e tem exercido pressão adicional sobre as políticas do governo em relação ao setor agrícola.
As autoridades francesas adotaram medidas de segurança para evitar bloqueios de tráfego e outras ações de protesto por parte dos agricultores. O governo anunciou novas medidas, como o pagamento das ajudas agrícolas previstas na PAC e um reforço nas ajudas fiscais aos pecuaristas.
A revolta no setor agrário europeu continua a ser um tema de destaque nos debates políticos e econômicos, gerando pressão sobre os governos e colocando em pauta questões relativas às políticas agrícolas e comerciais da União Europeia. Há indicações de que as manifestações e protestos devem se intensificar nas próximas semanas, à medida que os agricultores buscam maior apoio e proteção para o setor.