Estudo mostra que dieta vegana durante a gravidez aumenta risco de pré-eclâmpsia e recém-nascidos com baixo peso

Um grupo de pesquisadores da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, publicou um estudo na revista científica Acta Obstetricia et Gynecologica Scandinavica que apontava uma relação entre a dieta vegana durante a gravidez e um maior risco de desenvolver pré-eclâmpsia e de dar à luz recém-nascidos com menor peso ao nascer.

Os pesquisadores analisaram mais de 66 mil mulheres que foram questionadas na 25ª semana de gestação sobre sua dieta e ingestão de suplementos no mês anterior. Elas foram classificadas de acordo com sua alimentação, sendo a maioria onívora, mas também incluindo ovolactovegetarianas e veganas.

Os resultados mostraram que as mães veganas apresentavam uma prevalência cinco vezes maior de pré-eclâmpsia em comparação com as mães onívoras. Além disso, os recém-nascidos de mães veganas pesavam em média 240g a menos que os bebês de mães onívoras. Além disso, as gestações das mulheres veganas foram 5,2 dias mais longas.

Os pesquisadores atribuíram os resultados à baixa ingestão de proteínas. Mulheres que seguiam uma dieta vegana consumiam substancialmente menos proteínas em comparação com mulheres onívoras. Eles também observaram que essas mulheres eram em média um pouco mais velhas, o que por si só poderia aumentar o risco de complicações durante a gravidez.

Embora o estudo tenha observado essa relação, os autores destacaram que o mesmo é meramente observacional e não pode provar a causalidade. Eles apontaram a necessidade de mais pesquisas para investigar a possível relação entre dietas baseadas em vegetais e os resultados da gravidez e do parto, a fim de fortalecer as recomendações dietéticas.

O estudo traz importantes reflexões sobre a alimentação durante a gravidez e a importância de uma dieta equilibrada para garantir a saúde da mãe e do bebê. Vale ressaltar que, de acordo com os pesquisadores, a dieta vegana não foi diretamente associada a complicações fatais, mas sim a um maior risco de desenvolver condições que podem gerar graves problemas na mãe e no bebê.

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