A Malásia é uma monarquia constitucional, mas o cargo de rei não é hereditário. A cada cinco anos, o trono muda de mãos entre os soberanos dos nove estados malaios. No entanto, Sultan Ibrahim foi eleito no ano passado entre a realeza do país e deverá ser coroado em uma cerimônia mais formal nos próximos meses.
Vestido com um uniforme real de cerimônias de cor azul, o novo rei prestou juramento ao cargo com as seguintes palavras: “Com este juramento, professo de maneira solene e verdadeira ser fiel, governar com justiça para a Malásia, segundo as leis e a Constituição”, conforme relatos do evento nos meios de comunicação locais e internacionais.
Apesar de seu papel ser principalmente cerimonial, a função do monarca ganhou relevância nos últimos anos com a divisão política do país, exigindo sua intervenção para nomear três primeiros-ministros. Além disso, o rei também atua como líder do islã na nação majoritariamente muçulmana e comandante das Forças Armadas.
Apesar de sua relação próxima com o primeiro-ministro Anwar Ibrahim, Sultan Ibrahim declarou em entrevista recente ao jornal The Straits Times, de Singapura, que não quer ser um “rei fantoche” e prometeu ser incisivo na luta contra a corrupção. Ele afirmou: “Há 222 de vocês (deputados) no Parlamento. Há quase 30 milhões (de habitantes) lá fora. Não estou com vocês, estou com eles”.
A posse do novo rei da Malásia foi celebrada com pompa e tradição, reacendendo o interesse pela família real e trazendo à tona o papel simbólico e cerimonial da monarquia em uma nação multimilenar, que busca manter suas tradições, ao mesmo tempo em que abraça a modernidade em um mundo em rápida transformação.