Projeto de lei busca estimular criação de Reservas Particulares de Patrimônio Natural no Brasil, ampliando áreas de conservação ambiental.

Brasil tem mais de 530 mil hectares de áreas protegidas em RPPN

No Brasil, existem mais de 530 mil hectares de áreas ambientais protegidas em Reservas Particulares de Patrimônio Natural (RPPN). No entanto, segundo especialistas, essa extensão poderia ser ainda maior, chegando a 5 milhões de hectares, caso houvesse mais incentivo.

Um projeto de lei (PL 784/19) em discussão na Câmara dos Deputados pretende corrigir lacunas na legislação e estimular as RPPNs. Esse projeto já foi aprovado em duas comissões e tem como relatora na Comissão de Finanças e Tributação a deputada federal Camila Jara (PT-MS), que afirma que a proposta incentiva mais proprietários a converterem parte de suas propriedades em RPPNs. Segundo ela, atualmente, os proprietários desse tipo de reserva não conseguem captar recursos, como a compra de crédito de carbono, e o projeto tem como objetivo corrigir essa questão jurídica.

Como exemplo de sucesso, Fábio Padula criou a RPPN Bacupari em Cavalcante, que obedece a várias regulamentações oficiais, mas tem uma gestão própria, facilitando sua administração. O proprietário da RPPN “Entre Veadeiros”, André Aquino, ressalta que a preservação atrai recursos, como o turismo e serviços ecossistêmicos, e que a utilização de terras para esse fim pode gerar lucros indiretos, como a conservação da biodiversidade.

Outro exemplo é a RPPN Vale das Araras, de propriedade de Richard Avolio, que destaca a relevância ambiental da área e sua importância para a proteção da biodiversidade do Cerrado. Essas reservas privadas formam corredores de conexão com grandes unidades de conservação públicas, garantindo refúgio para a fauna e a sobrevivência de todo um ecossistema.

Por meio do monitoramento dessas áreas, o Ministério do Meio Ambiente consegue acompanhar a saúde dos biomas brasileiros e entender as ameaças que estão ocorrendo sobre a fauna e a biodiversidade. A proposta que pretende incentivar a criação de mais Reservas Particulares de Patrimônio Natural ainda depende da avaliação das comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça. Se aprovado, poderá seguir diretamente para a avaliação do Senado.

Portanto, o incentivo à criação de RPPNs é crucial para a preservação ambiental e para a garantia da biodiversidade no Brasil, além de contribuir para o desenvolvimento sustentável do país.

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