Proposta de Lei 3829/23 busca proteger pequenos agricultores contra penhora de propriedade rural

O deputado Samuel Viana (Republicanos-MG) apresentou o Projeto de Lei 3829/23, que propõe determinar que cabe ao credor provar que um imóvel rural pode ser objeto de penhora por não se enquadrar nas dimensões de pequena propriedade ou por não ser trabalhado pela família. A proposta, atualmente em análise na Câmara dos Deputados, pretende fazer alterações no Código de Processo Civil.

De acordo com Viana, a intenção da proposta é proteger os agricultores familiares que atuam em áreas de até quatro módulos fiscais, que são consideradas pequenas propriedades rurais e estão protegidas pela impenhorabilidade conforme a Constituição. O deputado argumenta que, apesar dessa proteção constitucional, os agricultores familiares estão enfrentando processos de penhora sob o argumento de que não conseguem comprovar que a propriedade é explorada pela família.

Por isso, o projeto busca inverter o ônus da prova, tornando responsabilidade do autor da ação contra o agricultor familiar provar que a propriedade não é explorada pela família. Segundo Viana, a proteção das pequenas propriedades rurais é essencial para garantir a subsistência das famílias que nelas vivem e trabalham. Portanto, ele considera importante reconhecer a presunção de que uma propriedade rural é de exploração familiar, cabendo ao credor comprovar o contrário.

O PL 3829/23 será analisado de forma conclusiva pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Isso significa que, se aprovado por ambas as comissões, poderá seguir diretamente para o Senado Federal, sem necessidade de votação em plenário, a menos que haja recurso assinado por 52 deputados para que a matéria seja apreciada no plenário.

A reportagem destaca que, em um momento em que a importância da agricultura familiar é cada vez mais evidente, a proposta de Viana visa proteger esse setor e garantir a segurança das propriedades rurais familiares. A edição do texto está a cargo de Rachel Librelon.

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