Os documentos obtidos pelo grupo mostraram que doze dos primatas sofriam de diarreia com sangue, paralisia parcial e edema cerebral antes de falecerem. De acordo com o PCRM, a Neuralink possui um histórico de experimentos desnecessários e desleixados em animais, levantando sérias preocupações sobre a segurança de seu dispositivo.
Os dados foram obtidos por meio de documentos liberados pela Universidade de Davis, na Califórnia, que fez parceria com a Neuralink entre 2017 e 2020 para a realização dos testes. O próprio Elon Musk, fundador da empresa, alegou em setembro de 2020 que alguns animais morreram de doenças terminais durante os procedimentos. No entanto, a PCRM denunciou à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA e Exchange Commission (SEC) que os primatas faleceram devido a complicações com os testes de implante.
O chip cerebral da Neuralink é tido como uma revolução na área de próteses, permitindo que os cérebros humanos se comuniquem sem fio com dispositivos artificiais e entre si. A empresa já publicou vídeos de macacos jogando videogame graças aos implantes, mas a PCRM reforça a necessidade de se manter cético quanto à segurança e funcionalidade do dispositivo.
Investigações mostram que animais enfrentaram graves complicações após a implantação dos chips cerebrais, vindo a falecer em decorrência dos procedimentos. O grupo que apresentou a queixa afirma que Elon Musk fez declarações enganosas sobre as mortes dos animais e que os investidores merecem ouvir a verdade sobre a segurança e comercialização do produto Neuralink.
A revista Wired publicou uma investigação sobre os procedimentos e reuniu registros do centro científico e depoimentos de ex-funcionários da estudada Neuralink. A revista relata uma série de complicações que se desenvolveram após a implantação cirúrgica dos chips no cérebro dos macacos, com relatos de mortes e sofrimento intenso. Tais descobertas levantam sérias preocupações sobre a ética e a integridade dos testes realizados pela empresa.
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