Nesta sexta-feira, uma reunião sigilosa está marcada para às 10h, onde a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa irá escolher qual membro do colegiado será o relator do caso. Esse processo foi definido como super sigiloso pelo Tribunal de Justiça do Rio. Após a escolha do relator, a defesa de Lucinha será notificada e terá o prazo de 48 horas para apresentar defesa por escrito. Posteriormente, a comissão fará uma nova reunião para analisar o relatório elaborado pelo relator e para elaborar um projeto de resolução.
Após a conclusão do projeto de resolução, o mesmo poderá ser colocado para votação na Alerj, o que decidirá se a determinação da Justiça para afastar Lucinha do cargo será acatada ou não. A parlamentar é suspeita de interceder pela soltura de integrantes de uma organização criminosa, além de pedir a transferência de comandante do batalhão e de pressionar autoridades para que fossem realizadas ações contra um grupo rival. Durante a ação da Polícia Federal, foram encontradas duas pistolas, R$ 148 mil em espécie e documentos no gabinete da parlamentar na Assembleia Legislativa.
O nome da deputada apareceu na investigação após a quebra do sigilo telemático de Domício Barbosa de Souza, o Dom, um dos operadores financeiros da milícia de Zinho. De acordo com o MP, conversas indicam a interferência da parlamentar para proteger milicianos e para prejudicar bandidos rivais. Com isso, a investigação apura se Lucinha usou seu mandato para pressionar operações da Polícia Civil contra um grupo rival de Zinho. A sessão para discutir o caso está marcada para votação na próxima quinta-feira.