Exposição na Câmara dos Deputados relembra os estragos causados por invasão no dia 8 de janeiro de 2023.

Na tarde desta terça-feira, a Câmara dos Deputados abriu as portas para uma visitação pública, com a exposição “8 de Janeiro na Câmara dos Deputados”, que reúne fotografias de obras de arte e objetos históricos danificados durante a invasão do edifício principal da Casa por vândalos no dia 8 de janeiro de 2023.

A mostra, que conta com fotografias dos estragos causados ao acervo museológico, assim como em ambientes internos e externos do Palácio do Congresso Nacional, foi organizada pela Diretoria Executiva de Comunicação e Mídias Digitais e pelo Centro Cultural da Câmara, e tem data de encerramento marcada para o dia 29 de março. No entanto, o secretário de Comunicação Social da Câmara, deputado Jilmar Tatto (PT-SP), expressou a ideia de tornar a exposição permanente, com o intuito de manter viva a memória do acontecimento do 8 de janeiro.

A abertura da exposição contou com a presença do diretor-geral da Câmara, Celso de Barros Correia Neto, que enalteceu o trabalho dos servidores na restauração do patrimônio danificado, bem como na viabilização de uma sessão do Plenário menos de 24 horas após os ataques. “O momento é de reconhecer o trabalho que foi feito e de agradecer a todos os colaboradores que defenderam a Casa e que participaram do processo de restauração.”, disse Correia.

A exposição também apresenta a situação de objetos danificados, como dois azulejos do painel “Ventania”, de Athos Bulcão, e oito presentes protocolares, que estavam expostos em vitrines do Salão Verde e foram vandalizados. Segundo a Coordenação de Preservação de Conteúdos Informacionais da Câmara, mesmo após restaurados, esses objetos manterão as marcas dos danos sofridos.

Além da exposição, também foi lançado o livro “Restaurando a Democracia – A preservação da memória da Câmara para futuras gerações”, durante o evento. Organizado pelo Centro de Documentação e Informação (Cedi) da Câmara, o livro destaca a importância de preservar a memória da instituição para as futuras gerações.

A 2ª secretária da Câmara, deputada Maria do Rosário (PT-RS), destacou o trabalho dos servidores que estão trabalhando na restauração das peças danificadas e ressaltou que o evento é uma forma de lembrar a agressão à institucionalidade material e imaterial do país. Por fim, o diretor do Cedi, João Luiz Marciano, ressaltou a capacidade dos artistas em recuperar a maioria das obras, mesmo as mais fragmentadas.

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