A busca por Anastasia tem sido repleta de dor e expectativas frustradas. As tentativas de reconhecimento dos corpos das vítimas mortas nos incêndios têm sido ainda mais lentas e difíceis do que o esperado, devido à condição desfigurada de muitos corpos pela ação do fogo. Foi um período de quatro dias angustiantes para a família, até receberem a confirmação de que os restos carbonizados encontrados no interior de um veículo eram de Elizabeth.
O que era para ser apenas um processo de reconhecimento acabou sendo uma experiência traumática para a família Orellana. Ariel, um dos filhos de Elizabeth, foi confrontado com a cena assombrosa dos cadáveres de sua mãe e de um homem, queimados em frente ao local onde habitavam. E a identificação do corpo de Elizabeth foi realizada através dos poucos dentes que restaram em sua arcada dentária.
Ainda assim, a família Orellana mantém a obstinação de encontrar Anastasia com vida. Não perderam a esperança ao receberem uma foto de uma menina que se assemelha muito à Anastasia, correndo para escapar das chamas. A destruição causada pelos incêndios na região foi devastadora, mas não suficiente para acabar com a esperança de encontrar a jovem desaparecida.
Carlos, pai de Anastasia, dedicou-se a permanecer no necrotério por mais algumas horas para realizar um teste de DNA, na esperança de identificar o corpo da filha. Junto com outros parentes, ele e seu filho Ariel continuam a distribuir fotos da adolescente em ruínas e entre moradores da região.
A imagem de uma garota fugindo do fogo reacende a esperança da família. Por mais que tenham encontrado dois corpos carbonizados, a ausência de um terceiro os faz pensar que Anastasia pode estar em algum local seguro. A dor e a incerteza seguem presentes na vida dos familiares, mas a torcida pela sobrevivência de Anastasia prevalece.
