Manifesto pede a manutenção do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) em defesa do setor de eventos.

Na última quinta-feira, mais de 300 deputados e senadores assinaram um manifesto em defesa do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), criado em meio à pandemia de Covid-19 para socorrer o setor de eventos. Além disso, foi realizado um ato de mobilização na Câmara dos Deputados em prol da manutenção do programa.

A iniciativa ganhou destaque principalmente após o governo revogar o programa de forma gradual por meio de uma medida provisória (MP 1202/23) emitida no final do ano passado. O autor da proposta que originou o Perse, o deputado Felipe Carreras (PSB-PE), expressou sua frustração devido a duas reuniões com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que foram desmarcadas. Ele enfatizou a importância do programa para o planejamento financeiro de muitos indivíduos e organizações do setor de eventos.

Carreras também rebateu as alegações de fraudes no programa, ressaltando que, se for o caso, é necessário investigar as empresas suspeitas, sem que isso afete o programa como um todo. Ele comparou a situação às denúncias contra o programa Minha Casa, Minha Vida, afirmando que tais casos não justificam o fim do programa de moradia do governo.

Outro ponto relevante da MP 1202/23 é a previsão de reoneração de 17 setores da economia beneficiados pela desoneração da folha de pagamentos. Em resposta, 17 frentes parlamentares assinaram um documento solicitando que a medida seja devolvida ao Executivo ou colocada em votação para ser rejeitada. O deputado Zé Silva (Solidariedade-MG) foi um dos signatários do documento e afirmou que a medida não apenas traz prejuízos ao país, mas também demonstra a relação conturbada entre Legislativo e Executivo.

Por outro lado, o deputado Zé Neto (PT-BA), mesmo sendo do partido do governo, expressou sua compreensão de que será necessário tomar medidas para ajustar as contas. Ele enfatizou a importância da arrecadação do governo para manter as políticas públicas e evitar problemas com a educação e saúde.

Após o Carnaval, está prevista a realização de reuniões para discutir possíveis soluções para essas questões. A expectativa é que as negociações entre parlamentares e o Executivo resultem em um consenso que atenda aos interesses de todas as partes envolvidas. A reportagem ficou a cargo de Paula Moraes com edição por Ana Chalub.

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