Bicampeão mundial Filipe Toledo se retira do restante da temporada por questões de saúde mental, abrindo espaço para surfista marroquino.

Desde o último domingo (11), o mundo do surfe viu uma reviravolta com o anúncio feito pelo atual bicampeão mundial, o brasileiro Filipe Toledo. Aos 28 anos e natural de Ubatuba, São Paulo, o surfista decidiu interromper sua participação no restante da temporada do Circuito Mundial de Surfe. A razão para essa decisão foi revelada em um comunicado oficial divulgado pela Liga Mundial de Surfe (WSL). Filipe Toledo afirmou que a pausa é necessária para tratar de sua saúde mental.

O anúncio oficial do afastamento do surfista veio acompanhado de uma declaração emocionada. Filipe disse: “É com tristeza no coração que anuncio hoje [domingo] que estou me retirando do restante da temporada 2024 do Circuito Mundial. Esta decisão tem sido muito difícil para mim e foi tomada depois de dias de discussão com as pessoas mais próximas de mim. A WSL tem me apoiado bastante e fico muito grato por terem me concedido o wildcard [convite] para o início da temporada de 2025. Estou comprometido em voltar melhor do que nunca”. O surfista, que conquistou os títulos de 2022 e 2023, também destacou que competir no mais alto nível na última década teve um impacto negativo sobre sua saúde mental e a necessidade de uma pausa para se recuperar.

Além disso, a ausência de Filipe Toledo terá impacto nos Jogos Olímpicos de Paris, já que ele é um dos representantes do Brasil confirmados no torneio de surfe. No entanto, a decisão do brasileiro abrirá espaço para o marroquino Ramzi Boukhiam, que terá a oportunidade de disputar as próximas etapas do Circuito Mundial. Com isso, ele se torna o primeiro surfista do norte da África a fazer parte da divisão de elite do surfe mundial.

A notícia da retirada de Filipe Toledo do Circuito Mundial de Surfe trouxe à tona a questão da saúde mental dos atletas de alto rendimento. Com isso, o surfe se junta a outras modalidades esportivas que estão discutindo abertamente esse tema. A atitude do bicampeão mundial deve servir como um alerta para a importância do cuidado com a saúde mental no mundo esportivo.

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