Após quase duas horas de reunião, o ministro anunciou um pacote de medidas em resposta às demandas do setor. Entre as ações propostas, destacam-se a simplificação da aplicação da Política Agrícola Comum (PAC) europeia, a criação de uma agência estatal de controle de alimentos e o impulso nas negociações da UE e da Organização Mundial do Comércio para garantir condições de competição justas em relação a produtos importados.
Apesar da resposta positiva por parte do ministro, os sindicatos agrícolas descartaram a possibilidade de um acordo definitivo no momento e anunciaram que os protestos continuarão. O presidente da Asaja, Pedro Barato, afirmou que houve avanços importantes, mas as mobilizações seguirão acontecendo.
O setor agrícola da Espanha tem enfrentado dificuldades devido à burocracia e complexidade das normas europeias, baixos preços de venda dos produtos e concorrência considerada desleal por parte dos agricultores. Além disso, o país enfrenta uma seca que já dura três anos, impactando significativamente a produção agropecuária.
Com a continuidade dos protestos, os sindicatos agrícolas planejam a realização de diversas manifestações em várias regiões da Espanha, incluindo duas em Madri nos dias 21 e 26 de fevereiro. A Espanha é conhecida como a “horta da Europa”, sendo o maior exportador europeu de frutas e hortaliças, mas o setor enfrenta desafios que precisam ser enfrentados para garantir a sustentabilidade e a viabilidade do meio rural no país.
A manifestação dos agricultores e pecuaristas espanhóis reflete a preocupação do setor com as condições de trabalho e a competitividade frente ao mercado europeu e internacional, sendo um chamado para a busca de soluções que garantam o desenvolvimento sustentável da agricultura no país.