Ataque noturno vandaliza túmulo do ex-presidente argentino Carlos Menem e do seu filho no Cemitério Islâmico de Buenos Aires

O túmulo do ex-presidente argentino Carlos Menem (1989-1999) e o de seu filho Carlos Jr. tiveram suas sepulturas vandalizadas, juntamente com outras cem, no Cemitério Islâmico de Buenos Aires, conforme relatado pela Associação Árabe Argentina Islâmica (AAAI) nesta quinta-feira (15).

De acordo com a associação, o violento ataque aconteceu na última segunda-feira (12), coincidindo com o terceiro aniversário da morte de Menem, em 14 de fevereiro de 2021. Os criminosos invadiram o local, roubando molduras de bronze, destruindo estruturas de mármore e até furtando a bandeira argentina que tremulava sobre o local de repouso do ex-presidente e de seu filho. A AAAI destacou em comunicado que este não foi o primeiro ataque que o cemitério sofre e afirmou que situações como essa não podem ser ignoradas, considerando a importância espiritual e simbólica do local.

O presidente da AAAI, Adalberto Assad, afirmou que o cemitério esteve sob custódia da Gendarmeria por 20 anos, mas posteriormente esse serviço de segurança foi retirado, mesmo com os pedidos da comunidade. Assad alegou que, apesar de solicitarem reforços na segurança, o envio de agentes durava apenas dois dias.

Carlos Menem foi um líder político que governou a Argentina com uma política econômica liberal, contrariando a tradição do peronismo, movimento do qual fazia parte. Durante sua gestão, implementou uma política de convertibilidade em que um peso argentino equivalia a um dólar. Sua administração também se notabilizou pela atuação do liberal Domingo Cavallo como ministro mais importante.

O atual presidente, Javier Milei, chegou a expressar publicamente sua admiração por Menem, afirmando que ele foi o “melhor presidente da história”. A indignação diante da violação das sepulturas do ex-presidente argentino e de seu filho evidencia um ato de vandalismo de extrema gravidade, que demonstra desrespeito à memória e à importância histórica e simbólica de figuras políticas. A vulnerabilidade do cemitério em questão levanta questões importantes sobre a segurança e preservação de locais de alta importância cultural e histórica.

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