Mulheres são presas por forjar próprio sequestro para pagar dívidas de drogas com pedido de resgate de R$ 50 mil.

Nesta terça-feira (20), a Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) apresentou detalhes sobre a prisão de duas mulheres, de 24 e 26 anos, que foram detidas por forjarem o próprio sequestro na tentativa de extorquir R$ 50 mil dos familiares de uma delas. Durante a coletiva de imprensa, o gestor adjunto do Grupo de Operações Especiais (GOE), Jorge Pinto, destacou que as duas suspeitas estavam sob efeito de drogas no momento da abordagem, levantando a suspeita de que o crime teria relação com dívidas relacionadas ao tráfico de drogas.

As investigações da polícia revelaram que as mulheres elaboraram um plano para simular que estavam sequestradas, partindo do envio de mensagens aos familiares com imagens de cortes no corpo para convencer a transferência do valor desejado. A polícia recebeu a denúncia inicialmente por parte da mãe de uma das suspeitas, que relatou ter recebido as fotos das supostas lesões da filha.

Durante a abordagem, as suspeitas tentaram culpar dois motoristas de Kombi, chegando a afirmar que eles seriam os verdadeiros sequestradores. No entanto, a polícia apurou que as vítimas teriam se automutilado para simular os ferimentos e, assim, induzir o suposto pagamento do resgate. Uma das mulheres foi liberada após confessar o crime, aguardando julgamento com monitoramento eletrônico, enquanto a outra, que possui antecedentes criminais, permanece presa.

A polícia também revelou que a filha de uma das suspeitas afirmou ter sido sequestrada e apontou um local específico onde os supostos sequestradores estariam aguardando o pagamento do resgate. No entanto, as suspeitas não souberam fornecer informações sobre o paradeiro delas na noite anterior à prisão. A corporação alertou que a ação das mulheres configurou extorsão majorada e reforçou a importância de se investigar a fundo casos desse tipo.

Além do caso das duas mulheres, a Polícia Civil aproveitou para esclarecer informações sobre a motivação por trás do crime, destacando a gravidade da situação e o impacto negativo que a ação criminosa teve sobre a família das suspeitas. Este caso serve como um alerta sobre a importância de averiguar a veracidade de supostos casos de sequestro e a busca por soluções pacíficas e legítimas em situações de dívidas ou problemas financeiros.

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