Em um vídeo divulgado na segunda-feira, com cerca de nove minutos de duração, Yulia acusou o presidente russo, Vladimir Putin, pela morte do marido e prometeu lutar pela “liberdade” do seu país. Ela fez um apelo para que as pessoas se unam a ela e compartilhem sua indignação em relação àqueles que, segundo ela, ousaram matar o seu futuro.
Além disso, Yulia Navalnaya afirmou que o ativista foi morto com a substância neurotóxica Novichok, que ataca o sistema nervoso e pode causar a interrupção de processos essenciais do corpo humano, como a respiração, e que foi utilizada contra o opositor. Segundo ela, as autoridades russas estão mentindo e escondendo o corpo de seu marido à espera de que os vestígios de mais um envenenamento desapareçam.
A colônia penal onde Alexei Navalny estava encarcerado, localizada próxima ao Círculo Polar Ártico, afirmou à mãe do opositor que ele foi vítima da chamada “síndrome de morte súbita”. No entanto, a família e aliados do dissidente acusam a Rússia de esconder seu corpo.
As acusações feitas por Yulia Navalnaya geraram grande repercussão, tanto na Rússia quanto internacionalmente, com diversos meios de comunicação e figuras públicas manifestando apoio à viúva e exigindo justiça para Alexei Navalny. A reativação da sua conta na rede social X também contribui para manter seu discurso e luta na visibilidade pública, o que pode ser um importante recurso para garantir a atenção do público e das autoridades em relação ao caso.
Essa situação delicada envolvendo o ativista e o governo russo continuará a ser acompanhada de perto pela comunidade internacional, que se mantém atenta aos desdobramentos e possíveis investigações sobre a morte de Alexei Navalny. A coragem e determinação de Yulia Navalnaya em continuar a levantar a voz em favor da liberdade e justiça para o seu marido mantêm o caso em destaque, com potencial para impactar as relações entre a Rússia e outros países.