Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher deverão apresentar relatórios anuais de desempenho, prevê projeto de lei em análise na Câmara dos Deputados

Na última quinta-feira, dia 22 de fevereiro de 2024, o deputado Julio Cesar Ribeiro (Republicanos-DF) propôs um Projeto de Lei que determina a atuação conjunta de estados e munícipios para garantir o aumento do número de Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deams) em todo o país. Além disso, a proposta inclui a criação de postos avançados em locais considerados de maior vulnerabilidade.

De acordo com o deputado, a ampliação da capacidade das delegacias é crucial para assegurar que mulheres em qualquer região do Brasil tenham acesso a atendimento especializado. Essa medida contribuiria para a universalização e integralidade dos serviços prestados. A proposta altera a Lei 14.541/23, que já garantiu o funcionamento 24 horas das delegacias de mulheres.

O Projeto de Lei também prevê a criação de um fórum para troca de informações e cooperação entre as Deams, além da exigência de relatórios anuais das atividades realizadas por essas delegacias. Segundo o deputado Ribeiro, essa medida fortalece a transparência e permite avaliar o desempenho, identificar desafios e direcionar esforços para melhorias na resposta ao enfrentamento da violência contra a mulher.

O projeto agora será analisado pelas comissões de Defesa dos Direitos da Mulher; de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. A tramitação terá caráter conclusivo, o que significa que o projeto será votado apenas pelas comissões designadas para analisá-lo, dispensada a deliberação do Plenário. No entanto, o projeto perderá o caráter conclusivo se houver decisão divergente entre as comissões ou se houver recurso assinado por 52 deputados para a apreciação da matéria no Plenário.

Dessa forma, a proposta do deputado Julio Cesar Ribeiro representa um avanço significativo na busca por aprimorar o atendimento às mulheres vítimas de violência em todo o território nacional. A expectativa é de que, caso o projeto seja aprovado, haja uma melhoria significativa na prestação de serviços especializados e na proteção das mulheres em situação de vulnerabilidade.

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